**Redução das perdas pós-colheita e luta contra o desperdício alimentar para reforçar a segurança alimentar em África**
O problema das perdas pós-colheita e do desperdício alimentar é uma questão crucial para muitos países africanos, especialmente a Nigéria. Durante uma formação recente organizada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em Yola, estes desafios foram discutidos em profundidade.
O Representante da FAO, Ishaka, destacou o impacto significativo do desperdício alimentar no sector agrícola da Nigéria, colocando em risco a segurança alimentar, o crescimento económico e a sustentabilidade ambiental. Barreiras tecnológicas, técnicas de colheita ineficientes, infestações de pragas e falta de acesso a ferramentas agrícolas modernas foram identificadas como factores que contribuem para estas perdas pós-colheita.
As perdas pós-colheita também são exacerbadas por instalações de armazenamento inadequadas, más práticas de manuseamento e infra-estruturas de transporte deficientes. Esses fatores levam a perdas consideráveis, principalmente de produtos perecíveis como frutas e hortaliças.
Além disso, métodos ineficientes de processamento de alimentos, embalagens inadequadas, armazenamento insuficiente e hábitos de consumo pouco saudáveis também contribuem para o desperdício de alimentos. Para combater este flagelo, a FAO tem implementado diversas iniciativas destinadas a promover práticas nutricionais e sustentáveis nas comunidades, com ênfase na redução das perdas pós-colheita, na melhoria da higiene e na garantia da segurança alimentar.
Ao investir em infra-estruturas pós-colheita, reforçar as capacidades comunitárias e oferecer programas de formação e capacitação, a FAO está a trabalhar para capacitar as populações, especialmente na região nordeste do país. Foram criados centros apoiados pela FAO para produzir e distribuir localmente alimentos nutritivos, como o “tom brown”, para combater a desnutrição e a insegurança alimentar na região.
Estas iniciativas são geridas pelas comunidades locais, promovendo iniciativas comunitárias para melhorar a segurança alimentar. Espera-se que a formação recentemente ministrada tenha um impacto duradouro nos participantes e nas suas comunidades, melhorando o bem-estar geral e a segurança alimentar através da adopção de melhores práticas em nutrição.
A redução das perdas pós-colheita e o combate ao desperdício alimentar são grandes desafios para garantir a segurança alimentar sustentável em África. Os esforços conjuntos das agências internacionais, dos governos locais e das comunidades são essenciais para superar estes obstáculos e promover um sistema alimentar mais resiliente e equitativo para todos.