O debate sobre a volta ao regionalismo divide senadores: entre diferenças e necessidade de consenso

Numa altura em que se reinicia o debate em torno da revisão da Constituição de 1999 pela Assembleia Nacional, os senadores encontram-se divididos sobre a questão do regresso ao sistema regional de governação. Esta proposta suscita opiniões divergentes entre os membros do Senado, com alguns a defenderem o regionalismo como solução para os desafios nacionais, enquanto outros se opõem fortemente a ele.

Durante uma reunião em Kano, no final do retiro de dois dias da Comissão ad hoc do Senado sobre a revisão da Constituição, os senadores expressaram opiniões contrastantes sobre o assunto. Enquanto o líder do Senado, o senador Opeyemi Bamidele, bem como os senadores Abdul Ningi e Muntari Dandutse, manifestaram o seu desacordo com o regresso ao regionalismo, o senador Abdulfatai Buhari posicionou-se a favor desta ideia.

Nas suas declarações, o Senador Bamidele destacou a complexidade de tal decisão, alertando contra qualquer pressa que possa tornar o processo inútil. Sublinhou a necessidade de um debate aprofundado envolvendo os actores políticos, a sociedade civil e outras partes interessadas, a fim de chegar a um consenso.

Referindo-se aos desafios associados à alteração da Constituição, o senador destacou os passos rigorosos que qualquer alteração constitucional implica, destacando a necessidade de uma abordagem inclusiva e democrática. Lembrou que o processo de revisão constitucional requer amplo apoio político e popular, a fim de garantir uma representação justa dos diversos interesses e opiniões dentro da nação.

Concluindo, à medida que o debate sobre o regresso ao regionalismo se intensifica, o Senador Bamidele destaca a importância de manter uma abordagem ponderada e colaborativa na tomada de decisões tão cruciais para o futuro do país. Exige uma reflexão profunda e inclusiva, reflectindo a complexidade e a sensibilidade das questões constitucionais que moldam o destino da nação.

Este debate em curso no Senado oferece uma oportunidade única para explorar diferentes perspectivas e opiniões sobre a questão do regionalismo, reafirmando assim a importância do diálogo e da consulta na construção de uma democracia forte e inclusiva.

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