O intenso bombardeamento da região sul de Beirute será lembrado como um dos momentos mais sombrios da história recente do Líbano. Foi às três da manhã que a violência tomou conta desta cidade cosmopolita. Imagens de desolação e medo se sucederam, mostrando a população local buscando desesperadamente refúgio e segurança.
Andando pelas ruas da cidade, era possível ver cenas comoventes. Famílias inteiras, expulsas das suas casas pelos ataques aéreos israelitas, ficaram sem abrigo, dormindo nas calçadas ou procurando abrigo em edifícios abandonados. As ruas normalmente movimentadas de Beirute estavam cheias de carros sobrecarregados de pessoas fugindo do inferno que se abateu sobre o seu bairro.
Os residentes demonstraram uma mistura de coragem e ansiedade que era difícil de esconder. Algumas mulheres, aparentemente tranquilizadoras, tentaram mascarar os seus medos para proteger os seus filhos. A solidariedade e a ajuda mútua foram palpáveis, com os cidadãos abrindo as portas aos deslocados, partilhando o que tinham para ajudar os necessitados.
Entretanto, o exército israelita continuou a sua ofensiva, ordenando a evacuação de bairros ainda intactos do sul de Beirute. Os residentes de Bourj el Barajneh, entre os mais vulneráveis da cidade, foram forçados a fugir face à ameaça iminente de bombardeamento. A tensão estava no auge, e o destino dos habitantes da cidade dependia dessas decisões militares implacáveis.
A noite continuou sem fim para os residentes de Beirute, com a incerteza pairando sobre o futuro das suas casas, da sua cidade e dos seus entes queridos. Imagens de destruição e desespero foram difundidas incessantemente nos ecrãs de televisão, testemunhando a tragédia que atingiu a cidade e os seus habitantes.
Enquanto esperavam por dias melhores, os habitantes de Beirute permaneceram unidos e determinados a superar este pesadelo. Força e determinação misturadas com tristeza e desamparo, formando um quadro vívido da resiliência humana diante das adversidades. O mundo inteiro assistiu com profunda empatia ao destino trágico desta cidade outrora vibrante e viva.
A noite avançava, a madrugada espreitava timidamente no horizonte, trazendo consigo a esperança de uma renovação, de uma reconstrução necessária para curar as feridas ainda abertas de Beirute.