O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irão, condenou veementemente este sábado o que descreveu como um “massacre” cometido por Israel no Líbano na sequência dos ataques que custaram a vida ao líder do grupo armado Hezbollah.
O Ministério da Saúde libanês anunciou um número preliminar de seis mortos e 91 feridos após recentes ataques nos bairros densamente povoados do sul de Beirute desde sexta-feira, os mais violentos a atingir o reduto do Hezbollah desde a última guerra entre Israel e o grupo em 2006.
Desde segunda-feira, centenas de pessoas perderam a vida em ataques aéreos israelitas, tornando esta a semana mais mortal desde a guerra civil do Líbano entre 1975 e 1990, à medida que os tiroteios transfronteiriços entre o Hezbollah e Israel se intensificam.
“O massacre do povo indefeso do Líbano revelou mais uma vez a ferocidade do cão louco sionista a todos e provou as políticas estúpidas e de curto prazo dos líderes do regime usurpador”, disse Khamenei num comunicado, sem mencionar o destino do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
No sábado, os militares israelitas disseram que Nasrallah tinha sido morto num ataque israelita a Beirute no dia anterior, mas não houve confirmação por parte do Hezbollah, que está armado e financiado pelo Irão.
Uma fonte próxima ao grupo disse à AFP, sob condição de anonimato, que o contato com Nasrallah foi perdido desde a noite de sexta-feira.
A declaração de Khamenei não se referia a Nasrallah, mas afirmou que Israel era “demasiado fraco para causar danos significativos à forte estrutura do Hezbollah no Líbano”.
Ele apelou ao “Eixo da Resistência”, grupos armados aliados do Irão em todo o Médio Oriente que têm como alvo Israel e o seu aliado americano, a apoiar o Hezbollah.
“O Líbano fará com que o agressor e o inimigo maligno se arrependam das suas ações”, declarou Khamenei.