“As vozes da oposição ressoam em Kinshasa: uma mobilização histórica pela justiça e pela liberdade”
O terreno em chamas de Kinshasa vibrou sob os passos determinados dos activistas da oposição, unidos no “Quadro de Consulta das Forças Políticas e Sociais”. O dia 25 de Setembro de 2024 será lembrado como o dia em que o Tribunal de Gombe foi palco de uma manifestação pacífica sem precedentes, um símbolo de resistência e reivindicações legítimas.
No centro da mobilização, a premente exigência de libertação de figuras emblemáticas da oposição, reféns de um regime repressivo: Jean-Marc Kabund, Mike Mukebayi, Seth Kikuni. Os seus rostos, marcados pela injustiça e pelas detenções arbitrárias, carregavam a esperança de uma nação em busca da liberdade.
Mas esta manifestação não foi apenas um simples grito de raiva. Os manifestantes denunciaram a impunidade generalizada, a manipulação política da justiça e violações flagrantes dos direitos humanos. Numa onda de solidariedade e determinação, ergueram cartazes exigindo justiça e igualdade para todos os cidadãos.
O ponto alto deste dia foi, sem dúvida, a entrega solene de um memorando ao Ministro da Justiça, Maître Constant Mutamba. Este documento, fruto da consulta entre as forças activas da nação, condensou as aspirações de um povo sedento de democracia e de respeito pelos direitos fundamentais. Num espírito de transparência e responsabilidade, o ministro comprometeu-se a estudar cuidadosamente cada exigência e a retornar aos organizadores do protesto com respostas concretas.
Entre as vozes que se levantaram naquele dia, a do partido político Ensemble pour la République de Moïse Katumbi ressoou com força. Como símbolo da oposição unida, esta formação política deu o seu apoio inabalável à causa comum: a de uma RD Congo justa, livre e próspera para todos os seus cidadãos.
Para além das divisões políticas, este dia de mobilização marcou um ponto de viragem na história recente do país. Ela lembrou a todos que democracia não é uma palavra vazia, mas um compromisso perpétuo com a justiça e a dignidade humana. Neste dia memorável, o povo congolês mostrou ao mundo a sua determinação em defender os seus valores fundamentais, custe o que custar.
Assim, uma nova página está a ser escrita na história da RD Congo, uma página onde a voz do povo ressoa mais alto do que nunca, onde a solidariedade e a justiça permanecem como muralhas contra a opressão e a injustiça. Que os ecos desta manifestação ressoem por todo o país, inspirando todos a lutar por um futuro melhor, por uma nação onde a liberdade e a dignidade não serão mais palavras vazias, mas realidades palpáveis partilhadas por todos.”