Num contexto marcado por movimentos populacionais massivos na República Democrática do Congo, levanta-se uma voz para apelar à mobilização internacional a favor das pessoas deslocadas e dos refugiados na RDC. Ruvendrini Menikdiwela, Alto Comissário Adjunto das Nações Unidas para os Refugiados, visitou recentemente campos na região de Bunia, em Ituri, para avaliar projectos implementados pelo ACNUR e outras organizações humanitárias como parte do programa de regresso voluntário de refugiados.
Durante a sua visita de campo, a Alta Comissária Adjunta pôde constatar os progressos alcançados, particularmente em termos de habitação permanente concedida a certas pessoas deslocadas. Esta observação foi marcada por uma mensagem de esperança que emana destas populações que agora têm um tecto sobre as suas cabeças, um terreno para cultivar, graças ao apoio das autoridades locais e das organizações humanitárias. No entanto, Ruvendrini Menikdiwela sublinhou a importância de manter este esforço de assistência para satisfazer as necessidades sempre presentes.
As pessoas deslocadas, por sua vez, manifestaram as suas preocupações, destacando a falta de acesso a cuidados médicos, um problema que persiste há vários anos. No campo de Tsere, Chrysanthe Ndjabu testemunhou a ausência de cuidados médicos desde Maio de 2021, bem como a falta de água potável e as condições insalubres dos locais.
Esta situação levanta uma emergência humanitária que deve ser resolvida. O acesso a cuidados de saúde de qualidade é um direito fundamental de todos os indivíduos, independentemente do seu estatuto de deslocado. Neste sentido, é essencial que a comunidade internacional se mobilize para prestar assistência contínua às pessoas deslocadas e refugiados na RDC. O apoio das autoridades locais, das organizações humanitárias e dos parceiros internacionais é essencial para melhorar as condições de vida destas populações vulneráveis e garantir a sua dignidade.
Em última análise, a situação das pessoas deslocadas na RDC destaca a importância da solidariedade internacional e do compromisso com os direitos dos refugiados. Ao trabalharmos juntos, podemos ajudar a proporcionar um futuro mais seguro e estável para aqueles que foram forçados a fugir das suas casas.