Reforma eleitoral na Nigéria: Rumo a eleições democráticas e transparentes em 2023

No centro de um período crucial para a democracia nigeriana, numerosas coligações reuniram-se para formular recomendações e propostas destinadas a reformar o sistema eleitoral em preparação para as eleições de 2023. Esta iniciativa concertada reúne actores da sociedade civil, como o Centro para a Comunicação Social e a Sociedade. (CEMESO), o Centro de Advocacia Legislativa da Sociedade Civil (CISLAC), a Responsabilidade Empresarial e a Participação Pública em África (CAPPA), o ElectHER, o Centro Internacional de Imprensa (IPC) e o Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral (IDEA), entre outros.

Durante um evento que marcou a apresentação deste memorando, os membros da coligação destacaram a importância destas recomendações, resultantes de uma análise aprofundada dos desafios recorrentes do sistema eleitoral nigeriano. A consolidação da independência da Comissão Eleitoral Nacional Independente (INEC) parece ser um dos objectivos principais deste documento. Em particular, recomenda uma revisão do processo de nomeação de funcionários do INEC, destacando a necessidade de profissionalismo e transparência para fortalecer a autonomia da instituição.

Ao mesmo tempo, o memorando faz recomendações em duas partes: a modificação da Constituição de 1999 e propostas de alterações à Lei Eleitoral de 2022. No primeiro caso, o objetivo é fortalecer a independência do INEC, enquanto o segundo componente visa melhorar os processos relacionados com o recenseamento eleitoral, a transmissão de resultados e a inclusão do processo eleitoral.

Entre as propostas mais destacadas está a obrigatoriedade de transmissão electrónica dos resultados eleitorais, medida que visa reduzir a fraude eleitoral e aumentar a transparência do processo. Da mesma forma, a introdução do voto antecipado para funcionários eleitorais, jornalistas e pessoal de segurança é apresentada como um grande passo em frente para optimizar a logística eleitoral e garantir que os principais intervenientes não sejam excluídos do processo eleitoral.

Por último, as recomendações também visam promover a inclusão política, incentivando a participação de mulheres, jovens e pessoas com deficiência. A proposta de compensação de tempo de antena para grupos marginalizados durante as eleições visa estabelecer condições de concorrência equitativas para todos os candidatos, fortalecendo assim a democracia e a representatividade de toda a população.

Em conclusão, o Memorando dos Cidadãos para a Reforma Eleitoral na Nigéria representa um passo significativo em direcção a uma democracia mais transparente, responsável e inclusiva. Estas recomendações, se implementadas, poderão ajudar a restaurar a confiança do público no processo eleitoral, garantindo eleições livres e justas em 2023 e mais além.

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