No contexto actual da República Democrática do Congo, as questões relacionadas com a presença da MONUSCO, a Missão de Estabilização da ONU na RDC, são cruciais para o futuro do país. As recentes observações de Jean-Pierre Lacroix, vice-secretário-geral da ONU encarregado das operações de manutenção da paz, esclarecem a situação e suscitam numerosas reflexões.
Na verdade, o anúncio de que a retirada da MONUSCO poderia ser efectiva até ao final de 2024 foi amplamente divulgado nos meios de comunicação social. No entanto, parece agora que esta data nunca foi formalmente registada nem pelas autoridades congolesas nem pela ONU. As declarações de Jean-Pierre Lacroix destacam assim esta realidade e sublinham a importância das consultas em curso para decidir o futuro da Missão da ONU na RDC.
A recente retirada realizada em Kivu do Sul, em Junho de 2024, marcou um primeiro passo no processo de desligamento da MONUSCO. Esta decisão segue um plano estabelecido em colaboração com o governo congolês e abre caminho para novas discussões sobre a continuação das operações de manutenção da paz no país. As expectativas das autoridades congolesas em relação à MONUSCO, bem como os desenvolvimentos em matéria de segurança, humanitários e diplomáticos, serão tidas em conta para definir os próximos passos.
A posição do Presidente Félix Tshisekedi sobre a aceleração da retirada da MONUSCO é clara: é tempo de a RDC assumir o controlo da sua própria estabilidade e tornar-se o principal actor no seu destino. Esta visão é partilhada por Christophe Lutundula, que participou na implementação de um plano para a retirada gradual e ordenada da MONUSCO em colaboração com o chefe da Missão, Bintou Keita.
Em conclusão, a questão da retirada da MONUSCO na RDC representa um grande desafio para o futuro do país. As consultas em curso entre as autoridades congolesas e a ONU serão decisivas na definição das próximas etapas do processo de desligamento. Esta é uma questão crucial que requer uma abordagem concertada e transparente para garantir a estabilidade e a segurança a longo prazo na República Democrática do Congo.