Fatshimétrie, 20 de Setembro de 2024 – Os apelos a reformas profundas para transformar o sistema educativo congolês ressoaram com força nos últimos dias em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. Levantam-se vozes para exigir uma revisão completa da educação, a fim de preparar melhor os jovens para enfrentar os desafios de amanhã e contribuir significativamente para a sociedade.
Mike Bofonge, presidente da organização não governamental “Movimento Amarelo”, apelou a grandes mudanças destinadas a adaptar a educação às necessidades actuais da República Democrática do Congo. Segundo ele, é imperativo que as reformas educativas tenham em conta os perfis profissionais procurados pela sociedade, de forma a formar jovens capazes de responder às exigências do mercado de trabalho e apoiar o desenvolvimento económico do país.
Confrontado com a crise económica exacerbada pela pandemia da Covid-19, Mike Bofonge propôs caminhos concretos para permitir que a juventude congolesa superasse os obstáculos actuais. Encoraja os jovens a sair da ignorância e a tomar consciência da situação de crise, ao mesmo tempo que demonstra inovação e criatividade para propor soluções adaptadas à realidade do país.
O investimento nos setores digital, agrícola, pesqueiro e pecuário é apresentado como uma forma eficaz de estimular a economia congolesa e criar oportunidades de emprego para os jovens. Mike Bofonge enfatiza a necessidade de os jovens estarem activamente envolvidos no desenvolvimento económico, formando redes interligadas e tomando iniciativas empreendedoras.
Ao mesmo tempo, o Estado congolês é chamado a desempenhar um papel decisivo na recuperação económica, implementando medidas de emergência e apoiando as empresas públicas. A promoção da inteligência artificial é também destacada como uma alavanca essencial para a modernização da economia e para o fomento da inovação em diversos setores.
Ao destacar o papel crucial das mulheres na sociedade congolesa, Mike Bofonge sublinha a sua contribuição essencial para a economia e a educação. Enfatiza a importância de formar, informar e incentivar as mulheres, especialmente as jovens, a tornarem-se intervenientes-chave no desenvolvimento sustentável e na resiliência social.
Criada em 2007, a ONG “Movimento Amarelo” encarna uma visão de envolvimento cidadão e empreendedorismo social ao serviço de valores éticos e morais. Ao defender a acção colectiva e a inovação social, a organização aspira contribuir para uma mudança positiva na sociedade congolesa e africana como um todo..
Em suma, os apelos a reformas profundas do sistema educativo e económico da República Democrática do Congo testemunham o desejo da juventude congolesa de assumir o controle do seu futuro e de contribuir activamente para a construção de um país mais equitativo, próspero e resiliente. Os desafios são numerosos, mas as oportunidades de agir e transformar a realidade também estão ao alcance de quem ousa sonhar e agir por um futuro melhor.