O evento eleitoral local no estado de Imo, na Nigéria, foi marcado por controvérsias e alegações de incumprimento dos procedimentos eleitorais. Os eleitores em muitas áreas expressaram frustração pela ausência de materiais sensíveis nas assembleias de voto, levantando preocupações legítimas sobre a integridade do processo eleitoral.
Levantaram-se vozes criticando a Comissão Eleitoral Independente do Estado de Imo (ISIEC) por aparentemente não ter cumprido as directrizes eleitorais ao não exigir que os partidos políticos apresentassem os nomes dos seus agentes. Esta lacuna levou a acusações de que as eleições eram mais uma selecção do que um verdadeiro voto democrático. O Vice-Presidente Nacional Regional Sudeste da ADC, Chilos Godsent, descreveu o processo eleitoral como “pura escolha, não uma eleição”, destacando a falta de transparência observada.
O Partido Democrático Popular (PDP) denunciou as eleições como uma “farsa, fraude organizada e uma violação sem precedentes da democracia”. De acordo com o Secretário de Estado das Comunicações, Lancelot Obiaku, a ausência de materiais eleitorais em muitas assembleias de voto e a alegada distribuição selectiva de fornecimentos sensíveis aos líderes da APC levantaram dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral. O PDP alega que o ISIEC violou a lei eleitoral ao não publicar a lista de candidatos ou comunicar com os partidos políticos e candidatos antes do dia das eleições.
Em resposta, o Congresso de Todos os Progressistas (APC) manifestou satisfação com a condução das eleições locais, elogiando o profissionalismo do ISIEC e a sua capacidade de conduzir eleições transparentes e credíveis. Segundo o presidente do partido, MacDonald Ebere, o bom desenrolar das eleições, desde a entrega dos materiais ao apuramento dos resultados, é uma prova da competência do ISIEC na defesa dos valores democráticos.
Estas diferenças de opinião realçam os desafios persistentes que a democracia nigeriana enfrenta, particularmente na condução de eleições livres e justas. É imperativo que as autoridades eleitorais cumpram as normas estabelecidas e garantam a transparência para restaurar a confiança dos cidadãos no processo democrático. À medida que as tensões políticas persistem, cabe a todos os intervenientes comprometerem-se a respeitar os princípios democráticos fundamentais para garantir a integridade e a legitimidade das próximas eleições.