Regulamentações reforçadas para garantir a qualidade dos produtos farmacêuticos na RDC

Kinshasa, 19 de Setembro de 2024 – A Associação de Consumidores de Produtos Farmacêuticos da República Democrática do Congo apela a uma actualização dos regulamentos que regem o comércio de produtos farmacêuticos. Face ao incumprimento das leis e regulamentos por parte dos profissionais do sector, este pedido surge agora como uma necessidade para garantir a qualidade e fiabilidade dos produtos disponíveis no mercado congolês.

Gracias Longuna Mabika, presidente da Associação, destaca a importância crucial da atualização dos regulamentos para evitar qualquer falha que possa comprometer a saúde e a segurança dos consumidores. Destaca os riscos incorridos pelos cidadãos devido ao incumprimento das normas em vigor, denunciando a venda de produtos vencidos, de qualidade duvidosa, ou mesmo de produtos contrafeitos, colocando assim em risco a vida dos congoleses.

Além da urgência de regulamentar o comércio farmacêutico, a ACPPK recomenda a criação de um sistema de farmacovigilância para garantir a monitorização constante dos produtos farmacêuticos colocados no mercado. Esta iniciativa visa reforçar a transparência e rastreabilidade dos medicamentos e garantir a sua eficácia, bem como a segurança do consumidor.

A Lei n.º 72-046, de 14 de Setembro de 1972, que rege o exercício da farmácia na RDC, estabelece os critérios para a abertura de uma farmácia, sublinhando a necessidade de respeitar normas rigorosas em termos de funcionamento, armazenamento, renovação de produtos e credibilidade dos fornecedores. Gracias Longuna destaca a diferença fundamental entre vender alimentos e exercer a profissão farmacêutica, lembrando a necessidade urgente de confiar esta missão a profissionais qualificados.

Já é tempo, segundo a ACPPK, de reorientar a actividade farmacêutica em torno dos farmacêuticos, os únicos autorizados a garantir a entrega de medicamentos que cumpram as normas. Esta abordagem permitiria minimizar os riscos associados à comercialização de produtos farmacêuticos e evitar interpretações erradas das prescrições médicas, garantindo assim um melhor cuidado da saúde dos cidadãos congoleses.

O apelo urgente da Associação à reforma da regulamentação do comércio farmacêutico na RDC demonstra o desejo de proteger os consumidores, promover a saúde pública e criar confiança no sector farmacêutico. Ao garantir o cumprimento rigoroso das normas e regulamentos vigentes, é possível garantir o acesso a medicamentos de qualidade e prevenir riscos para a saúde da população congolesa.

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