A recente resolução da Assembleia Geral da ONU que apela ao fim da ocupação israelita dos territórios palestinianos no prazo de 12 meses suscitou reacções apaixonadas por parte das várias partes envolvidas.
Esta resolução, adoptada pela maioria dos Estados-Membros, é o resultado de um longo debate e segue o parecer do Tribunal Internacional de Justiça que declara ilegal a ocupação israelita. Apesar do seu carácter não vinculativo, esta decisão tem um forte peso simbólico e sublinha o apoio das nações do mundo à causa palestiniana.
Os representantes palestinianos saudaram a resolução como uma vitória histórica, sublinhando a solidariedade internacional com o povo palestiniano. Para o Hamas, este é um passo importante no reconhecimento dos direitos dos palestinianos.
Por outro lado, Israel reagiu fortemente a esta decisão, chamando-a de “tendenciosa” e “decisão vergonhosa”. Autoridades israelenses denunciaram uma resolução que dizem encorajar o terrorismo e prejudicar os esforços de paz na região. Descreveram a Assembleia Geral da ONU como um “teatro político” desligado da realidade.
A resolução exige não só o fim da ocupação israelita, mas também a retirada das forças israelitas dos territórios palestinianos, a suspensão da construção de colonatos, a devolução das terras confiscadas e a possibilidade de regresso dos palestinianos deslocados. Apela também aos Estados-Membros para que reconsiderem as suas relações comerciais com os colonatos israelitas e implementem um embargo de armas que possa ser utilizado nos territórios palestinianos.
Esta resolução sublinha a importância do respeito pelo direito internacional e do direito dos povos à autodeterminação. Destaca as numerosas violações cometidas nos territórios ocupados e apela a medidas concretas para pôr fim a esta situação.
Embora o Conselho de Segurança permaneça paralisado nesta questão devido às posições divergentes dos membros permanentes, a Assembleia Geral da ONU continua a fazer ouvir a voz dos palestinianos na cena internacional. Esta resolução, embora simbólica, marca mais um passo no sentido do reconhecimento dos direitos dos palestinianos e da procura de uma paz duradoura no Médio Oriente.
Em conclusão, esta resolução da Assembleia Geral da ONU sobre o fim da ocupação israelita dos territórios palestinianos é um forte sinal enviado à comunidade internacional. Sublinha a necessidade de prosseguir os esforços no sentido de uma solução justa e duradoura para o conflito israelo-palestiniano, respeitando simultaneamente o direito internacional e os direitos dos povos.