No centro do 10º congresso de jornalistas na RDC: Questões e desafios para o futuro da imprensa congolesa

Kinshasa, 18 de setembro de 2024 – No coração de Kinshasa, os olhos convergem para o prestigiado centro Nganda onde se realiza o 10º congresso da corporação de jornalistas da República Democrática do Congo (RDC). Este grande evento reúne as mentes mais brilhantes do jornalismo congolês para discutir as questões e desafios que moldam o futuro da profissão no país.

No entanto, uma decisão está a causar agitação nesta assembleia de ilustres jornalistas: os delegados da Agência Congolesa de Imprensa (ACP), da televisão nacional e da Rede Nacional de Telecomunicações por Satélite (Renatelsat) foram relegados à categoria de delegados do Ministério da Informação. Comunicação e Mídia, sem voz deliberativa. Esta restrição levanta questões legítimas sobre o papel e o lugar dos meios de comunicação públicos no panorama mediático congolês.

Questionado sobre a base jurídica desta controversa decisão, Modeste Shabani, presidente interino da UNPC, sublinhou a soberania do plenário do congresso e baseou-se na proposta da comissão preparatória para justificar esta exclusão. Contudo, a questão permanece: que lugar deve ser dado aos meios de comunicação públicos na tomada de decisões e no processo deliberativo das autoridades jornalísticas na RDC?

Para além desta polémica, o Congresso de Jornalistas da RDC pretende ser um espaço de reflexão e intercâmbio sobre as grandes questões que movem a profissão. Além dos delegados dos meios de comunicação públicos, outros intervenientes importantes, como o Conselho Superior do Audiovisual e da Comunicação (CSAC) e a autoridade reguladora das telecomunicações na RDC, são convidados para estas reuniões para enriquecer os debates e participar na construção de congoleses modernos e éticos. jornalismo.

O plenário do congresso delibera com soberania sobre as questões que lhe são apresentadas, desde os relatórios das comissões especializadas até aos assuntos elencados na ordem do dia. Este órgão democrático garante que as discussões sejam construtivas e informadas, respeitando ao mesmo tempo os princípios de transparência e abertura que caracterizam o jornalismo responsável e comprometido.

Neste período crucial para a imprensa congolesa, o 10º congresso da corporação de jornalistas da RDC representa uma oportunidade única para repensar a dinâmica mediática do país, para fortalecer a independência da imprensa e para consolidar os alicerces de uma sociedade onde a informação é sinónimo com liberdade e democracia. Os desafios são numerosos, mas o empenho e a determinação dos envolvidos no jornalismo congolês sugerem perspectivas promissoras para o futuro da profissão.

Kinshasa, capital vibrante e movimentada, torna-se palco de um diálogo rico e construtivo, onde as vozes da imprensa se misturam para moldar um futuro comum, feito de pluralismo, integridade e responsabilidade. O jornalismo congolês, movido pela paixão e empenho dos seus actores, afirma-se como um pilar essencial da democracia e da liberdade de expressão num país em busca de progresso e justiça.

Nesta excitação jornalística, todos têm o seu papel a desempenhar, a sua voz a ser ouvida, para construirmos juntos um futuro onde a informação seja um pilar da sociedade congolesa, uma base sobre a qual assentam a confiança e a compreensão mútua. A jornada apenas começou, os desafios que temos pela frente são imensos, mas a determinação e a solidariedade dos jornalistas congoleses abrem caminho para um horizonte de esperança e progresso para uma imprensa forte, independente e empenhada ao serviço de todos.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *