A recente reunião de sensibilização realizada em Vogan, Togo, destacou as preocupações crescentes das organizações da sociedade civil relativamente à nova Constituição em vigor. Este texto, promulgado pelo Presidente Faure Gnassingbé, levantou sérias questões sobre o seu impacto no futuro político do país.
Uma das principais alterações introduzidas por esta Constituição é a transição para um sistema parlamentar, substituindo assim a eleição presidencial direta. Esta transição marca uma fase crucial na evolução institucional do Togo, à medida que se prepara para entrar numa nova era política com o estabelecimento da Quinta República.
Contudo, apesar dos debates e manifestações que cercaram a aprovação deste texto, persistem incertezas quanto ao rumo que o país tomará durante os próximos eventos eleitorais. Na verdade, o ano de 2025 já é encarado como um momento crucial para decidir sobre o futuro regime político e a possível candidatura do Presidente Faure Gnassingbé para um quinto mandato.
As críticas a esta Constituição destacam as preocupações com a democracia e a estabilidade política no Togo. As organizações da sociedade civil, como a frente cidadã Togo Debout, continuam a mobilizar-se para defender a ordem constitucional e denunciar o que consideram ser um golpe de Estado. Para eles, é essencial sensibilizar a população e reforçar a mobilização para contrariar qualquer tentativa de deriva autoritária.
Consequentemente, o trabalho de sensibilização e mobilização continua a ser crucial para fortalecer a democracia e garantir a participação dos cidadãos na vida política togolesa. Apesar dos desafios que temos pela frente e do cansaço acumulado após as manifestações anteriores, é essencial manter a pressão e continuar a luta por instituições democráticas sólidas que respeitem os direitos fundamentais.
Em última análise, o futuro político do Togo depende da capacidade dos cidadãos de defenderem os seus direitos e de se envolverem activamente na construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Os riscos são elevados, mas com uma mobilização contínua e um desejo de mudança, é possível construir um futuro democrático para todos os togoleses.