A implementação do programa de maternidade gratuita na República Democrática do Congo é dificultada pela falta de centros neonatais, revela Anatole Mangala, Diretor-Geral do Fundo de Solidariedade à Saúde. Durante uma audiência com a governadora da província do Congo-Central, Grace Nkuanga Bilololo, destacou as dificuldades encontradas, nomeadamente no que diz respeito à transferência de pacientes para grandes instalações hospitalares.
É fundamental ressaltar que o programa de maternidade gratuita vai muito além do parto. Conforme explicou Anatole Mangala, o programa cobre os custos relacionados com o parto e também com a hospitalização das mães. Em caso de complicações, está previsto também o fornecimento de leite artificial para recém-nascidos e cuidados com recém-nascidos prematuros durante um mês. Esta abordagem global visa garantir cuidados integrais à saúde materna e neonatal.
A província do Congo-Central já tomou algumas medidas antes da implementação deste programa, tais como estudos de viabilidade e a acreditação de prestadores de saúde. Este programa faz parte dos primeiros socorros da cobertura universal de saúde e visa reduzir a mortalidade infantil e materna na República Democrática do Congo.
É imperativo enfatizar a importância de se ter uma rede de centros neonatais eficientes para garantir o sucesso deste programa. Na verdade, o cuidado precoce dos recém-nascidos é essencial para garantir a sua saúde e sobrevivência. É portanto necessário reforçar as infra-estruturas e os recursos humanos nesta área para responder às necessidades crescentes da população.
Em conclusão, o programa de maternidade gratuita na RDC representa um grande avanço no domínio da saúde materna e neonatal. No entanto, é essencial superar os obstáculos ligados à insuficiência dos centros neonatais para garantir cuidados de qualidade a todas as mães e aos seus recém-nascidos.