A reviravolta estratégica para a preservação ambiental no Kivu do Norte: Retirada da ordem “Congo ya Sika”

**Fatshimetria: uma reviravolta estratégica para a preservação ambiental em Kivu do Norte**

Num contexto marcado por importantes questões de conservação ambiental, o governo militar do Kivu do Norte, na República Democrática do Congo, fez uma mudança significativa ao retirar a ordem que criava a subdivisão temporária denominada “Congo ya Sika”. Esta decisão, inicialmente estabelecida pelo decreto de 19 de agosto de 2024, insere-se numa nova dinâmica focada na gestão holística da questão fundiária na região de Kasindi-Lubiriha.

O Ministro de Estado dos Assuntos Fundiários desempenhou um papel fundamental ao ameaçar rescindir a ordem do governador se os problemas fundiários persistissem. Este aviso provocou uma reacção rápida por parte das autoridades regionais, demonstrando a vontade de cooperar com as autoridades do governo central.

O polémico loteamento dizia respeito a um vasto território de 500 hectares localizado no bloco “Congo ya Sika”, no coração do grupo Basongora, na aglomeração Kasindi-Lubiriha, território Beni, sector Ruwenzori. Este setor é há muito tempo palco de conflitos fundiários e ambientais ligados aos seus limites com o Parque Nacional de Virunga.

A retirada deste decreto marca um ponto de viragem na gestão das questões fundiárias e ambientais, destacando a importância dada pelas autoridades à preservação dos recursos naturais e à protecção dos ecossistemas frágeis na região do Kivu Norte. Ao comprometerem-se a tratar esta questão de forma abrangente, os Ministérios dos Assuntos Fundiários, do Ordenamento do Território, do Ambiente, bem como do Urbanismo e da Habitação afirmam o seu desejo de estabilizar a área e de aliviar as tensões históricas que ali assolam.

Esta viragem estratégica reflecte uma consciência colectiva mais ampla da necessidade de conciliar o desenvolvimento urbano e a preservação ambiental. Ao reorientar o debate para a gestão responsável dos recursos terrestres, o governo do Kivu do Norte está a abrir caminho para soluções sustentáveis ​​e equilibradas para o futuro da região, garantindo assim um ambiente mais saudável e resiliente para as gerações futuras.

Em conclusão, a retirada do decreto “Congo ya Sika” representa um passo importante no sentido de uma governação fundiária e ambiental mais transparente e concertada. Esta mudança de direção sublinha a importância crucial de preservar os ecossistemas frágeis desta região, promovendo simultaneamente o desenvolvimento sustentável e equitativo para toda a população do Kivu do Norte. O compromisso das autoridades em trabalhar de forma colaborativa nestas questões críticas aponta para um futuro melhor para a região.

Convido-vos a acompanhar de perto a evolução desta situação para medir os impactos a longo prazo no ambiente e na sociedade na região do Kivu Norte.

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