No sector petrolífero nigeriano, a batalha para determinar o preço aceitável do combustível entre a Nigerian National Petroleum Company Limited (NNPCL) e a Refinaria Dangote destacou os desafios persistentes no fornecimento de petróleo a jusante. A incerteza em torno dos preços gerou tensões entre as duas entidades, com cada uma defendendo posições divergentes.
Segundo fontes internas, persiste uma diferença significativa entre os preços oferecidos pelas duas partes, bloqueando assim as negociações por mais de duas semanas. A NNPCL favorece um preço compatível com os subsídios, enquanto a Refinaria Dangote visa um preço que reflicta o mercado. No entanto, ambas as partes estão conscientes dos respetivos constrangimentos e procuram agora um terreno comum para garantir a estabilidade e a sustentabilidade do abastecimento de combustível.
Está planeada uma próxima reunião na sede da NNPCL para encontrar um compromisso que satisfaça as necessidades de todas as partes interessadas. O Diretor de Comunicações do NNPCL, Olufemi Soneye, confirmou as negociações e expressou otimismo de que um acordo mutuamente aceitável seria alcançado.
Além disso, a NNPCL anunciou a reabertura do seu portal de compras assim que a carteira de pedidos de combustível for resolvida. Os distribuidores manifestaram a sua frustração com o encerramento do portal, que incentiva a especulação e faz subir os preços dos produtos petrolíferos.
Num contexto mais amplo, os intervenientes na indústria petrolífera destacaram a necessidade de uma colaboração reforçada para oferecer produtos e serviços de qualidade aos consumidores. Abordaram também desafios relacionados com infraestruturas, elevados custos operacionais e transição energética para fontes mais sustentáveis.
Finalmente, estão em curso discussões sobre um novo preço do gasóleo, uma vez que os distribuidores solicitaram ao Presidente Tinubu que expressasse as suas preocupações sobre a queda dos preços. Esta dinâmica de negociação e procura de soluções reflecte as questões complexas do mercado petrolífero na Nigéria, onde o equilíbrio entre oferta, procura e regulamentação continua a ser uma prioridade crucial para todas as partes interessadas envolvidas.