Crise de cólera na Nigéria: apelo à acção para proteger comunidades vulneráveis

Fatshimetrie, um conhecido site de notícias, divulgou recentemente estatísticas alarmantes sobre casos de cólera na Nigéria. De acordo com o NCDC, o Estado de Lagos foi responsável por 60% do total de casos, sendo a Ilha de Lagos a área geográfica mais afetada. Estes números revelam uma situação grave, evidenciando os desafios que o país enfrenta em termos de saúde pública.

Durante a semana epidemiológica 35, o número de mortes também aumentou 106%, com 204 mortes em 2024. Estes números são indicativos da gravidade da situação e sublinham a urgência de uma acção coordenada a tomar face a esta crise sanitária.

Olhando mais de perto os números, vemos um aumento acentuado no número de casos suspeitos, de 3.096 em 2023 para 7.056 em 2024. Este aumento significativo levanta questões sobre as medidas de prevenção e controlo implementadas para conter a propagação da doença. .

Esta epidemia de cólera levou o país a anunciar o estado de emergência, devido a uma taxa de mortalidade de 3,5%, muito acima da média nacional esperada de 1%. Esta elevada taxa de mortalidade realça a gravidade da situação e a necessidade de uma resposta rápida e eficaz para evitar uma catástrofe sanitária.

A cólera, uma doença diarreica grave causada pela bactéria Vibrio cholerae, continua a ser um grande desafio para a saúde, especialmente em regiões onde o acesso ao saneamento e à água potável é limitado. Compreender o mecanismo de transmissão da cólera é essencial para impedir a sua propagação e implementar medidas de prevenção eficazes.

O NCDC está ampliando os testes de diagnóstico rápido e de fezes para conter o surto. Os grupos vulneráveis, especialmente as crianças com menos de cinco anos, são os mais afectados pela doença. É, portanto, imperativo reforçar os esforços e intervenções de sensibilização do público para conter a propagação da doença.

Especialistas em saúde pública apontaram vários fatores que contribuem para o aumento de casos. O impacto do mau saneamento em áreas urbanas densamente povoadas como a Ilha de Lagos foi destacado. A falta de sistemas adequados de gestão de resíduos e de acesso a água potável nestas áreas favorece a propagação de doenças transmitidas pela água.

É essencial que sejam tomadas medidas urgentes para melhorar o acesso à água potável e investir em infra-estruturas de saneamento. Sem estas mudanças, as comunidades urbanas de bairros degradados continuarão a sofrer de surtos evitáveis.

Especialistas em saúde ambiental também destacam a importância de colmatar lacunas infraestruturais. As zonas desfavorecidas, especialmente em Lagos, têm sido negligenciadas durante anos, não só expondo os residentes a riscos, mas também agravando o fardo geral da saúde do país.

É altura de dar prioridade a estas comunidades vulneráveis ​​se quisermos levar a sério a prevenção de futuras crises de saúde. Investir no saneamento, no acesso à água potável e na melhoria das condições de vida nas zonas mais afectadas é essencial para garantir o bem-estar da população e prevenir futuras epidemias de cólera.

Em conclusão, a crise da cólera na Nigéria destaca os actuais desafios de saúde pública e sublinha a necessidade de uma acção imediata e concertada para proteger as comunidades mais vulneráveis. É hora de transformar palavras em ações e implementar medidas concretas para prevenir tais surtos no futuro.

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