O grito de alarme pelo acesso à água potável no acampamento Bugeri, Kivu do Sul

*O acampamento Bugeri em Kivu do Sul: um grito de alarme pelo acesso à água potável*

No coração do território de Kalehe, na província de Kivu do Sul, na República Democrática do Congo, o campo de Bugeri é palco de uma nova angústia. As pessoas deslocadas, originárias do Kivu do Norte e que fogem da violência que assola a região, enfrentam um grande obstáculo: a falta de água potável. Este drama humanitário tomou um rumo trágico após a hedionda sabotagem dos canos dos fontanários construídos pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para satisfazer as necessidades essenciais dos habitantes do campo.

No dia 3 de Setembro, indivíduos sem escrúpulos quebraram o único elo que permitia às pessoas deslocadas obter água potável. Esta violência gratuita priva agora mais de 11 mil pessoas de um direito fundamental: o acesso a um recurso vital. A dimensão desta crise humanitária é ainda mais sentida porque o Campo de Bugeri já tinha sido atingido por um incêndio devastador, reduzindo mais de 200 abrigos improvisados ​​a cinzas.

Perante esta situação crítica, a sociedade civil local levanta a sua voz para condenar veementemente este acto de sabotagem. James Musanganya, presidente do quadro de consulta da sociedade civil no território de Kalehe, apela à mobilização das autoridades competentes para que se esclareça esta questão. É imperativo que os culpados sejam identificados e punidos de acordo com a lei. Os deslocados, já mergulhados em dificuldades, não devem sofrer privações adicionais na sua busca por dignidade e segurança.

O CICV, que recentemente reabilitou a fonte de água sabotada para garantir o acesso regular à água potável aos deslocados, está profundamente triste com este ato de vandalismo que compromete os esforços humanitários realizados no terreno. As necessidades básicas das populações deslocadas devem ser atendidas urgentemente. A água, um recurso vital, nunca deve ser usada como arma de destruição.

Perante esta situação de emergência, a sociedade civil apela à solidariedade humanitária. As vidas dos deslocados do Campo de Bugeri estão em perigo e é imperativo agir rapidamente para evitar uma catástrofe sanitária. O acesso à água potável é um direito inalienável e é dever da comunidade internacional fazer todo o possível para garantir este direito fundamental a todos, especialmente aos mais vulneráveis.

Em suma, o campo de Bugeri, no Kivu do Sul, é palco de uma tragédia humana que desafia a nossa humanidade colectiva. Mais do que um simples acto de sabotagem, é um ataque à dignidade e à vida das pessoas deslocadas que não merecem ser privadas do essencial. É hora de agir, de condenar veementemente estes atos de violência e de estender a mão àqueles que perderam tudo. A água é uma fonte de vida, não vamos deixá-la secar para as populações vulneráveis ​​do acampamento Bugeri.

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