O mundo do comércio internacional está em constante evolução, surgindo parcerias estratégicas para o desenvolvimento de setores-chave das economias. É neste contexto que a República Democrática do Congo e a China chegaram recentemente a um acordo que visa modernizar o sector agrícola congolês. Este acordo, assinado durante o Fórum Económico RDC-China em Pequim, demonstra o desejo de ambos os países de investir na agricultura para satisfazer as necessidades alimentares das suas respectivas populações.
Para a China, o estabelecimento de uma Zona Económica Especial na RDC representa uma grande oportunidade para a substituição de importações e satisfação do mercado congolês, bem como regional. Ao envolverem-se na investigação aplicada e na tecnologia de produção de sementes, os dois países pretendem limitar as importações no sector agroalimentar, promovendo assim a auto-suficiência alimentar.
Como Ministro do Comércio Exterior congolês, Julien Paluku sublinha a importância desta transição para o sector agrícola, para além do sector mineiro. Com uma população chinesa de 1,4 mil milhões para alimentar todos os dias, e uma população congolesa de 100 milhões para alimentar todos os anos, o desenvolvimento da agricultura é de suma importância para a segurança alimentar de ambas as nações.
Além disso, a decisão de transformar os produtos mineiros localmente na RDC é uma iniciativa louvável, que visa criar riqueza e beneficiar estes recursos mineiros do orçamento nacional, bem como da população. Esta abordagem demonstra um desejo partilhado de desenvolver os recursos naturais do país numa perspectiva de desenvolvimento sustentável.
Concluindo sobre esta relação frutuosa entre a RDC e a China, Julien Paluku sublinha a importância desta cooperação baseada na confiança e no intercâmbio mútuo. O futuro promissor desta parceria sugere perspectivas de crescimento e desenvolvimento para ambos os países, num contexto económico internacional em constante mudança.