Incidente na prisão central de Makala em Kinshasa: A reação determinada do Ministro da Justiça

**Incidente na prisão central de Makala em Kinshasa: reação vigorosa do Ministro da Justiça Constant Mutamba**

O incidente na prisão central de Makala, em Kinshasa, provocou uma forte reacção do Ministro da Justiça, Constant Mutamba, após a morte de 129 detidos, no que é descrito como uma tentativa de fuga. Regressado de uma missão ao centro do país, o ministro deslocou-se imediatamente para lá para assumir o controlo da situação.

Num discurso aos jornalistas, Mutamba expressou a sua raiva e a sua determinação em resolver rapidamente este assunto. Apontou o dedo aos magistrados, acusando-os de enviarem mais reclusos do que podem acomodar, contribuindo assim para a sobrelotação das prisões. O ministro denunciou um ato de sabotagem que visa dificultar a atuação do governo e prometeu medidas severas contra os responsáveis.

A Primeira-Ministra Judith Suminwa também visitou o local para avaliar os danos e garantir a retoma dos serviços prisionais. As autoridades demonstraram claramente o seu desejo de aliviar o congestionamento na prisão de Makala, concebida para 1.500 reclusos, mas que alberga actualmente cerca de 15.000 pessoas.

Ao mesmo tempo, o Gabinete do Conselho Superior da Magistratura Judicial reagiu às directivas restritivas do Ministério da Justiça relativamente às transferências de detidos. Salientando a importância de continuar a exercer funções nos termos da lei, o CSM sublinhou a necessidade de continuar as detenções de acordo com os procedimentos estabelecidos.

Este incidente destaca os principais desafios que o sistema prisional congolês enfrenta, incluindo a sobrelotação prisional e as disfunções na gestão dos presos. Sublinha também a urgência de reformas estruturais destinadas a garantir o respeito pelos direitos dos presos e a garantir o bom funcionamento das instituições judiciais.

O governo terá, portanto, de tomar medidas decisivas para resolver estes problemas e garantir a segurança e o respeito pelos direitos de todos os cidadãos, incluindo aqueles que estão encarcerados. A transparência, a responsabilização e a cooperação entre os diferentes intervenientes no sistema judicial serão essenciais para enfrentar estes desafios e garantir uma administração justa e eficiente da justiça para todos.

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