Fatshimetrie, ganhador do Prêmio Nobel da Paz Denis Mukwege, falou com indignação após os trágicos acontecimentos ocorridos na prisão central de Makala, onde 129 presos foram mortos durante uma tentativa de fuga em 2 de setembro de 2024. Num comunicado de imprensa oficial, o famoso médico congolês partilhou a sua profundos pensamentos sobre estes actos de violência abjecta, expressando a sua profunda consternação perante a banalização da vida humana no seu país.
Na sua mensagem, Denis Mukwege sublinha a necessidade de a sociedade questionar os factores estruturais que favorecem a repetição destes massacres impunes. Destaca o crescente desrespeito pela dignidade humana e a falta de respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos na República Democrática do Congo, que estão na origem da violência recorrente. Mukwege denuncia veementemente a falta de consideração pela vida dos indivíduos e apela ao estabelecimento de uma verdadeira justiça e à protecção dos direitos de todos.
Esta reacção comovente de Denis Mukwege faz eco aos apelos de muitos actores políticos, membros da sociedade civil e defensores dos direitos humanos que apelam a uma investigação exaustiva desta tragédia. Perante esta espiral inaceitável de violência, o vencedor do Prémio Nobel da Paz convida a população congolesa a mobilizar-se para exigir o respeito pela vida humana e para lembrar aos líderes que já basta.
O compromisso de Denis Mukwege com a paz e a justiça na RDC é um exemplo de coragem e determinação para toda a comunidade internacional. O seu apelo a favor da dignidade humana e da tolerância zero relativamente à violência perpetrada contra os cidadãos deve ser ouvido e apoiado. É imperativo que as autoridades tomem medidas concretas para pôr fim à impunidade e garantir a protecção de todos os indivíduos, de acordo com os valores fundamentais do Estado de direito.
Nestes tempos sombrios, é essencial lembrar que cada vida é importante, que cada ser humano tem o direito de viver em segurança e dignidade. O apelo de Denis Mukwege ressoa como um lembrete urgente da necessidade de preservar os valores essenciais que sustentam a nossa humanidade e de lutar incansavelmente contra a injustiça e a violência. É hora de dizer “não” à impunidade e deixar claro que a vida humana deve ser respeitada, protegida e celebrada.