O partido político Aliança para a Mudança (APC) emitiu recentemente um alerta preocupante sobre uma possível tentativa de eliminar fisicamente o seu presidente, Jean-Marc Kabund. Esta declaração, feita pelo porta-voz Guy-Roger Nkoy durante uma conferência em Kinshasa, destaca uma situação bastante sombria e complexa, descrita como um crime hediondo pelo partido da oposição.
Perante estas circunstâncias preocupantes, a APC alerta o regime de Félix Tshisekedi contra qualquer tentativa que vise prejudicar a integridade física de Jean-Marc Kabund, actualmente encarcerado injustamente há mais de dois anos na prisão central de Makala. É crucial sublinhar que a APC considera o seu presidente vítima de injustiça e apela à sua libertação imediata e ao respeito pelos seus direitos fundamentais.
Entre os pontos levantados pelo partido está o questionamento do balanço do governo congolês, que reporta 129 perdas humanas. A APC lamenta também o silêncio do governo relativamente aos casos de violação ocorridos durante as recentes manifestações. A declaração surge pouco depois dos incidentes na Prisão Central de Makala, que a oposição descreveu como “carnificina” na sequência de uma tentativa de fuga.
Neste contexto tenso, figuras políticas importantes como Moïse Katumbi, Martin Fayulu, Denis Mukwege, Matata Ponyo e Claudel André Lubaya denunciam a indiferença do governo face às condições desumanas nas prisões e exigem que seja feita justiça.
Esta situação levanta questões cruciais sobre segurança, justiça e direitos humanos na República Democrática do Congo. É essencial que as autoridades tomem medidas concretas para garantir a protecção dos direitos dos cidadãos, garantir a justiça e combater a impunidade. Este caso destaca a urgência de uma reforma profunda dos sistemas penitenciário e judicial, bem como de uma melhor governação para prevenir tais violações no futuro.