Nos círculos políticos da República Democrática do Congo, um tema de debate animado é o da Force du Progrès, um grupo de jovens formado no âmbito da União para a Democracia e o Progresso Social (UDPS). Para alguns, esta força é vista como uma milícia ou uma entidade negativa, mas para outros, é uma dinâmica que emana de jovens activistas do partido para proteger as conquistas da luta pela democracia na RDC.
Serge Mayamba, antigo executivo da UDPS e deputado nacional honorário, sublinha que a Force du Progrès visa garantir que os membros do partido permaneçam fiéis à sua ideologia e valores. Explica que esta dinâmica foi criada para controlar a acção dos dirigentes do partido, mas lamenta o facto de ter sido infiltrada por certos indivíduos que prosseguem objectivos pessoais.
Apesar destes desafios, Mayamba sublinha a importância dos líderes partidários reeducarem os membros e reformularem a Força do Progresso, a fim de preservar a integridade e os objectivos iniciais desta entidade. Apela à responsabilidade dos líderes políticos na orientação e supervisão dos jovens activistas, lembrando assim a importância da disciplina e da coesão dentro do partido.
É evidente que a democracia depende da participação activa dos cidadãos e que os partidos políticos têm um papel crucial a desempenhar neste processo. Ao encorajar o envolvimento dos jovens e treiná-los em valores democráticos, os partidos políticos podem ajudar a fortalecer o tecido democrático da sociedade congolesa.
A Força do Progresso, apesar das suas imperfeições, encarna este desejo de resistir aos excessos autoritários e de defender os princípios democráticos. Em última análise, cabe a todos os intervenientes políticos a responsabilidade de cultivar uma cultura de respeito, diálogo e inclusão na esfera política congolesa.
A democracia na RDC, como em qualquer país, depende da vigilância e do empenho dos seus cidadãos. A Força do Progresso, enquanto manifestação da juventude política militante, tem um papel importante a desempenhar na consolidação da democracia e na promoção dos valores republicanos na República Democrática do Congo.