Notícias recentes revelam uma situação de segurança relativamente calma no território de Kwamouth, mais particularmente ao longo da RN 17. Esta aparente calma abriu caminho ao regresso de milhares de pessoas deslocadas internamente, com 7.220 indivíduos reintegrados nas suas aldeias e 13.713 pessoas deslocadas internamente registadas. entre Maio e Agosto, conforme relatado pelo OCHA e organizações humanitárias locais.
A presença de quase 21 mil pessoas ao longo da RN 17, de Camp Banku a Mongata, cristaliza a importância da situação. Os deslocados concentram-se principalmente em Camp Banku e Masiambio, provenientes de áreas ainda sob a influência da milícia Mobondo, enquanto os repatriados instalam-se nas aldeias de Ngandabangala. As forças armadas presentes mantêm uma paz frágil, mas necessária, nesta região, com um reforço dos sistemas de segurança.
As necessidades humanitárias urgentes expressas pela população incluem abrigo, utensílios domésticos básicos, insumos agrícolas para reiniciar as atividades, cuidados médicos adequados, bem como acesso a água potável. As mulheres e as raparigas também destacam necessidades específicas, como kits de dignidade, instalações de higiene pessoal, apoio financeiro para mulheres grávidas e material escolar para estudantes.
A situação humanitária é ainda mais preocupante nestas aldeias, com 552 mulheres grávidas, 253 crianças não acompanhadas e 483 crianças separadas registadas em Camp Banku, Masiambio e Ngandabangala. O deputado nacional Guy Musomo, eleito por Kwamouth, lança um apelo urgente às autoridades centrais para que reconstruam as infra-estruturas destruídas e forneçam ajuda humanitária adequada às populações locais.
O conflito original remonta a Junho de 2022, na aldeia de Masiakwa, quando um aumento nas taxas consuetudinárias causou tensões entre diferentes comunidades. A violência que se seguiu mergulhou a região numa espiral de destruição e precariedade. Guy Musomo sublinha a urgência da intervenção governamental para restaurar a paz e a estabilidade nestas aldeias marcadas pelos confrontos.
Em suma, a situação em Kwamouth demonstra a resiliência e a coragem das populações locais, mas também apela a uma acção humanitária e governamental sustentada para reconstruir infra-estruturas, responder às necessidades urgentes e restaurar a paz nesta região assolada por conflitos.