**O dilema da coesão nacional na República Democrática do Congo: A posição dura de Franck Diongo**
Durante várias semanas, o debate sobre a coesão nacional na República Democrática do Congo (RDC) acirrou-se. Os actores políticos posicionam-se, confrontam-se e tentam ganhar vantagem num contexto político muito instável. No centro desta turbulência, o opositor congolês Franck Diongo destaca-se pela sua posição radical face ao diálogo de coesão nacional proposto por Martin Fayulu, colocando assim todo o país perante um dilema espinhoso.
Numa declaração inequívoca, Franck Diongo rejeitou categoricamente a iniciativa de diálogo sobre a coesão nacional levada a cabo por Martin Fayulu, descrevendo-a como uma “fraude disfarçada”. Para ele, esta abordagem visa apenas legitimar o poder existente, encarnado por Félix Tshisekedi. Segundo ele, a verdadeira coesão nacional não pode ser imposta artificialmente, mas deve resultar de uma abordagem sincera e inclusiva, baseada na confiança e na boa fé de todas as partes interessadas.
Franck Diongo alerta para as armadilhas que este diálogo de fachada pode conter, sublinhando o risco de manipulação da opinião pública e de divisão das forças políticas. Para ele, a verdadeira questão deste diálogo seria perpetuar o sistema em vigor, em detrimento do interesse geral e da democracia na RDC. Apela assim à consciência colectiva e à necessidade de defender os princípios democráticos e republicanos face a qualquer tentativa de sequestro do processo político.
O discurso de Franck Diongo ressoa como um grito de alerta num cenário político congolês atormentado por múltiplas tensões e rivalidades. A sua visão afiada e intransigente chama a atenção para a urgência de repensar os fundamentos da verdadeira coesão nacional, baseada no respeito pelos princípios democráticos, na transparência e na integridade.
Embora o Congo-Kinshasa enfrente grandes desafios, tanto económicos como políticos, a posição de Franck Diongo levanta questões essenciais sobre o futuro do país e a necessidade de construir uma sociedade mais justa e equitativa para todos os seus cidadãos. A sua voz discordante ressoa como um apelo à vigilância e à mobilização dos cidadãos para preservar as conquistas democráticas e garantir um futuro melhor para a RDC.