As tensões agravaram-se neste domingo, 1 de setembro de 2024, na província de Sankuru, enquanto cerca de dez jovens residentes na capital provincial invadiram a província para expressar o seu descontentamento. Armados com sinais e guiados por um porta-voz determinado, estes jovens exigiram vigorosamente a demissão imediata do Governador Victor Kitenge e do seu governo.
As reivindicações dos manifestantes foram claras: denunciaram certos políticos acusados de bloquear a formação do novo governo por interesses pessoais, em detrimento das necessidades urgentes da população. Os jovens da região de Lusambu apontaram os grandes problemas que enfrentam diariamente, como a deterioração das infra-estruturas rodoviárias, o desemprego persistente e a falta de desenvolvimento económico. Para eles, era altura de o governo provincial assumir as suas responsabilidades e começar a trabalhar para satisfazer as expectativas legítimas dos jovens.
Perante esta pressão popular, o governador Victor Kitenge despachou um representante do seu gabinete, o professor Gilbert Okoko, para acalmar os ânimos e tentar resolver a crise. Reconheceu a legitimidade das reivindicações dos jovens e prometeu que seriam tomadas medidas para formar um governo provincial capaz de atender às necessidades da população. No entanto, destacou os desafios que enfrentam, incluindo o número limitado de cargos ministeriais disponíveis.
É importante ressaltar que o Governador Victor Kitenge estava eleito desde abril, mas só iniciou realmente suas atividades após seu retorno, na semana anterior, em agosto. Esta situação reflecte as dificuldades de estabelecer um governo funcional, mas também a crescente impaciência da população que apelou a acções concretas para melhorar o seu quotidiano.
Em última análise, este protesto de jovens da província de Sankuru destaca os desafios enfrentados por muitos territórios em África, onde a falta de recursos, a corrupção e os jogos políticos dificultam o desenvolvimento e a prosperidade das populações locais. É essencial que os líderes tenham em consideração as necessidades reais dos seus cidadãos e trabalhem activamente para melhorar as suas condições de vida, caso contrário as manifestações e reivindicações populares multiplicar-se-ão.