A luta contra a epidemia de Mpox em África: um apelo urgente à mobilização internacional

África enfrenta um grande desafio de saúde pública com a ameaça persistente da epidemia de Mpox, mais vulgarmente conhecida como varíola dos macacos. Recentemente, o Presidente Félix Tshisekedi teve uma reunião crucial com o Diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, para discutir medidas para erradicar esta pandemia devastadora na República Democrática do Congo.

Durante esta discussão, Tedros Adhanom destacou a importância da cooperação internacional para combater epidemias como a Mpox e a Covid. Salientou a necessidade de um tratado sobre pandemias, previsto para ser finalizado até ao final do ano, para reforçar a coordenação entre países e organizações de saúde. O apoio financeiro também é crucial e o Presidente Tshisekedi comprometeu-se a mobilizar 10 milhões de dólares para acelerar os esforços de erradicação da varíola.

A questão da disponibilidade de vacinas também foi discutida durante a reunião. Tedros Adhanom prometeu facilitar a entrega de vacinas para combater a varíola de forma mais eficaz. No entanto, apesar destes esforços, África dispõe actualmente de apenas 10% dos fundos necessários para combater esta epidemia, de acordo com o África CDC. Estima-se que seria necessário um envelope de 245 milhões de dólares americanos para erradicar a Mpox na região.

Embora o governo congolês tenha prometido 10 milhões de dólares e a União Africana tenha aprovado 10,4 milhões de dólares, continua a existir um grande défice financeiro de quase 224 milhões de dólares para alcançar este objectivo crucial. O aumento da cooperação entre os países africanos, as organizações internacionais e os parceiros financeiros é essencial para mobilizar os recursos necessários para combater a Mpox.

Em conclusão, a crise sanitária da Mpox em África exige uma acção rápida e coordenada por parte das autoridades nacionais e internacionais. Os discursos de apoio e as promessas de financiamento são importantes, mas é imperativo cumprir estes compromissos para acabar com esta pandemia devastadora que continua a ameaçar a saúde das populações africanas.

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