Num caso recente que abalou a comunidade internacional, quatro cidadãos nigerianos foram condenados a penas de prisão no Reino Unido por falsificarem mais de 2.000 certidões de casamento para facilitar a imigração ilegal.
Os protagonistas deste caso, identificados como Abraham Alade Olarotimi Onifade (41 anos), Abayomi Aderinsoye Shodipo (38 anos), Nosimot Mojisola Gbadamosi (31 anos) e Adekunle Kabir (54 anos), foram julgados no Woolwich Crown Court em Londres.
De acordo com o Ministério do Interior do Reino Unido, este grupo fazia parte de uma rede criminosa organizada que, durante um período de mais de dois anos, de março de 2019 a maio de 2023, facilitou reclamações fraudulentas para o sistema de pagamentos da UE.
Eles visaram cidadãos nigerianos, fornecendo-lhes certidões de casamento consuetudinárias nigerianas falsas e outros documentos falsificados para ajudá-los a permanecer ilegalmente no Reino Unido.
Onifade, de Gravesend, em Kent, e Shodipo, de Manchester, foram considerados culpados de conspiração para facilitar a entrada ilegal no Reino Unido e fornecer documentos fraudulentos. Onifade foi condenado a seis anos de prisão, enquanto Shodipo foi condenado a cinco anos.
Gbadamosi, originário de Bolton, foi condenado por engano e fraude por falsa representação e sentenciado a seis anos de prisão. Quanto a Kabir, de Londres, foi condenado a nove meses de prisão após ser considerado culpado de posse de documento de identidade para fins indevidos; ele foi absolvido das acusações relacionadas à obtenção de autorização de residência por engano.
Paul Moran, chefe de imigração do Ministério do Interior, disse: “Continuaremos a trabalhar incansavelmente para proteger as nossas fronteiras e desmantelar grupos criminosos que exploram pessoas vulneráveis para obter lucro”.
Este caso destaca os desafios que as autoridades enfrentam no combate à imigração ilegal e às redes criminosas que dela lucram. As consequências de tais práticas vão além da fraude individual, afetando a segurança nacional e a confiança nos sistemas de imigração. É crucial reforçar os mecanismos de monitorização e de cooperação internacional para prevenir tais crimes no futuro.