As consequências do banimento de estudantes nigerianos das universidades do Benin e do Togo

O recente registo de milhares de certificados académicos fraudulentos de instituições da República do Benim e do Togo abalou a comunidade estudantil nigeriana. Na verdade, na sequência desta descoberta, o Governo Federal tomou a decisão de proibir os nigerianos de se matricularem em certas universidades destes países. Uma medida que criou profunda consternação entre os estudantes e que levou centenas deles, acompanhados pelos seus pais, a manifestarem-se pacificamente em frente à residência de Chibuzor Chinyere, Supervisor Geral do Omega Power Ministry (OPM) em Port Harcourt.

No centro da sua raiva estão os estudantes que beneficiam das bolsas do OPM e que viram as suas carreiras universitárias comprometidas por este banimento repentino. Entre eles, Hycenth Ikechukwu, estudante do último ano de Administração de Empresas, expressou sua consternação ao se aproximar da formatura. Ele ressaltou que a Universidade ESM foi de fato credenciada pelo governo nigeriano no momento do seu registro em 2019, tornando esta decisão do governo particularmente injusta para o seu futuro acadêmico.

Moses Joseph, um estudante do segundo ano de Ciência da Computação, defendeu a transferência dos estudantes proibidos para universidades nigerianas e disse que estava pronto para começar novamente no primeiro ano, se necessário. Por sua vez, Wisdom Nweze partilhou o impacto devastador da descredenciamento da sua universidade na sua saúde mental, apelando ao governo federal para encontrar uma solução para esta crise académica.

Os testemunhos comoventes dos estudantes foram complementados pelo de Justin Hyacinth, uma viúva cega, cujas esperanças para o futuro do seu filho e a sua bolsa de estudo no estrangeiro foram destruídas por estes novos regulamentos. Nas suas recomendações, Chinyere apelou ao reforço da regulamentação relativa à educação no estrangeiro, destacando as dificuldades enfrentadas pelos estudantes para passar nos exames de admissão na Nigéria.

Em conclusão, os protestos e testemunhos de estudantes e das suas famílias destacam a importância crucial de encontrar soluções justas e equilibradas para os estudantes afetados por esta proibição. É hora de o Governo Federal reexaminar a sua decisão e tomar medidas informadas que garantam o futuro académico dos jovens nigerianos sem comprometer os esforços já investidos na sua educação.

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