**Fatshimetrie: A crise económica em África**
A propagação da Mpox em África, especialmente no Kivu do Norte, representa uma séria ameaça à estabilidade económica. Com mais de 17.000 casos e 570 mortes notificadas só este ano na RDC, a epidemia é alarmante. A crise tem o potencial de perturbar as cadeias de abastecimento, sobrecarregar o sector do turismo e dissuadir o investimento estrangeiro, crucial para o crescimento económico e a estabilidade na região.
Os especialistas sublinham que as consequências económicas da propagação contínua da Mpox são terríveis. As perturbações nas cadeias de abastecimento podem levar a um abrandamento do crescimento económico. Quando as matérias-primas não podem ser transportadas das áreas de produção para as fábricas e os produtos acabados não conseguem chegar aos consumidores, todo o processo de produção é interrompido. Este abrandamento resultaria em taxas de desemprego elevadas, agravando os desafios da dívida pública já presentes em muitos países africanos.
Reunimos opiniões de especialistas, incluindo o Dr. Alex Kamau, economista e palestrante queniano.
Nigéria perde 9 mil milhões de dólares anualmente devido à mineração ilegal
Num outro desafio económico, a Nigéria enfrenta perdas significativas devido à mineração ilegal. O país perde cerca de 9 mil milhões de dólares todos os anos devido a actividades mineiras ilegais. Apesar do vasto potencial de desenvolvimento económico da Nigéria através do seu sector mineiro, o sector representa, em média, menos de 1% do PIB do país. O impacto económico é grave, mas as consequências ambientais são igualmente alarmantes. A mineração ilegal causa danos ambientais consideráveis, afetando a terra, os recursos hídricos e a biodiversidade.
Os especialistas apelam a uma intervenção governamental urgente para resolver a crise da mineração ilegal. O reforço da regulamentação, a melhoria das medidas de monitorização e a promoção de actividades mineiras legais são passos cruciais para mitigar o impacto económico e ambiental. Combater a mineração ilegal poderia impulsionar a economia da Nigéria, criar empregos e proteger o ambiente.
A entrada de uma startup suíça no mercado de cerveja nos Camarões promete um novo impulso económico
Apesar dos desafios, uma startup suíça oferece um raio de esperança para a revitalização económica dos Camarões. Em junho de 2024, a Swiss African Premium Beverage, uma startup suíça, lançou uma microcervejaria nos Camarões. Esta iniciativa marca um significativo investimento directo estrangeiro na frágil economia do país. A entrada da startup no mercado cervejeiro deverá criar empregos, impulsionar a atividade económica e atrair mais investimento estrangeiro.
Um aspecto notável deste investimento é o compromisso da empresa com o uso de energia solar. Confrontada com a escassez de electricidade nos Camarões, esta solução inovadora aborda os problemas de fornecimento instável de electricidade na região. O uso de energia sustentável não só apoia as operações da cervejaria, mas também abre um precedente para que outras empresas da região adotem soluções de energia renovável.
Num contexto em que a economia africana enfrenta múltiplos desafios, as ações específicas e a inovação podem desempenhar um papel crucial no estímulo do crescimento económico, na criação de oportunidades de emprego e na preservação do ambiente. O continente tem um imenso potencial e, ao capitalizar estas oportunidades, é possível preparar o caminho para um futuro mais próspero para as nações africanas.