O ano letivo 2024-2025: um desafio para os pais congoleses
Com o início do ano letivo de 2024-2025 no Congo, os pais enfrentam muitos desafios. Tradicionalmente, a aproximação do início do ano letivo é sinônimo de preparativos, compras de material escolar e compromisso financeiro. No entanto, este ano, o fervor habitual parece ausente, dando lugar a preocupações mais prementes.
O actual elevado custo de vida pesa muito sobre os ombros dos pais congoleses. Os preços dos materiais escolares estão aumentando, dificultando a aquisição dos materiais necessários para as crianças. Alguns pais queixam-se também das exigências financeiras exorbitantes de algumas escolas, obrigando as famílias a pagar depósitos para a matrícula dos seus filhos. Esta prática coloca muitas famílias numa situação precária, forçando-as a fazer malabarismos com um orçamento já apertado.
Quanto aos vendedores de material escolar, a rentabilidade não existe. A poucos dias do início do ano letivo, as vendas estão estagnadas, pois muitos pais não conseguem fazer as compras necessárias. A difícil situação económica afecta não só as famílias, mas também os pequenos comerciantes que lutam para vender os seus stocks.
Diante desses desafios, a Ministra da Educação Nacional e Nova Cidadania, Raïssa Malu, emitiu uma nota circular que visa reduzir os encargos financeiros dos pais. Ela insistiu que exigir depósitos para matrícula de estudantes não deveria ser uma condição sine qua non. No entanto, algumas escolas privadas continuam esta prática, causando sofrimento às famílias já vulneráveis.
Apesar dos apelos das autoridades de saúde para que se respeitem as medidas de segurança face à epidemia de varíola dos macacos que assola algumas regiões do país, o início do ano letivo foi mantido. Os pais são, portanto, chamados a permanecer vigilantes e a tomar todas as precauções necessárias para proteger os seus filhos contra esta doença.
Em conclusão, o ano letivo de 2024-2025 representa um verdadeiro desafio para os pais congoleses. Entre o elevado custo de vida, as exigências das escolas e a ameaça da epidemia de varíola dos macacos, as famílias devem enfrentar uma situação complexa. É hora de as autoridades e os estabelecimentos de ensino terem em conta a realidade das famílias congolesas e trabalharem em conjunto para garantir um regresso à escola mais justo e equitativo para todos.