Mpox na República Democrática do Congo: Desafios e soluções para uma formidável epidemia viral

Kinshasa, 27 de agosto de 204 (Fatshimetrie) – A República Democrática do Congo está no centro da epidemia de Mpox, também conhecida como varíola dos macacos, que assola a África. Esta doença viral contagiosa foi qualificada como “Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional” pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 14 de agosto de 2024, ilustrando assim a gravidade da situação.

Um dos principais sintomas desta doença é o aparecimento de erupções cutâneas, o que pode levantar dúvidas sobre o seu tratamento. Para saber mais sobre os efeitos do Mpox na pele, tive a oportunidade de conversar com o Dr. Christian Muteba, dermatologista da Clínica Ngaliema em Kinshasa.

A dermatologista explica que a Mpox é causada por um vírus originário inicialmente de roedores, que agora encontrou refúgio em humanos. Os sintomas, embora menos graves que os da varíola humana, aparecem após um período de incubação de aproximadamente 12 dias, seguido por sintomas febris e uma fase de erupção cutânea. Estas aparecem na forma de pequenas manchas, evoluindo gradativamente para espinhas maiores, até levarem à formação de pústulas. Estas lesões, visíveis em todo o corpo, também são acompanhadas de inchaço dos gânglios linfáticos.

Em relação ao tratamento de erupções cutâneas, Dr. Muteba ressalta a importância do uso de medicamentos cuja eficácia seja comprovada e verificada em laboratório. Alerta contra a utilização de produtos da medicina tradicional, cuja composição e eficácia nem sempre são garantidas.

Sobre as possíveis sequelas na pele após a cicatrização, a dermatologista explica que a cicatrização depende de cada indivíduo. Algumas pessoas verão as cicatrizes desaparecerem naturalmente após alguns meses, enquanto outras podem ter problemas de cicatrização, resultando em marcas mais duradouras.

Em termos de diagnóstico e tratamento da varíola, Dr. Muteba enfatiza a importância de consultar um infectologista ou dermatologista para confirmar a doença através de exames laboratoriais. Os tratamentos atuais incluem o uso de antivirais e medicamentos originalmente destinados ao tratamento da varíola humana, bem como a vacinação. Sublinha também a importância da prevenção, nomeadamente através da higiene pessoal e da vacinação nas regiões onde a doença está presente.

Em conclusão, a Mpox constitui um grande desafio para a saúde pública na República Democrática do Congo. A conscientização, a prevenção e os cuidados adequados às pessoas afetadas são essenciais para conter esta epidemia e proteger a população. Vigilância e colaboração são as palavras-chave face a esta formidável doença viral.

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