Fatshimetrie é uma publicação de renome internacional que se distingue pelo seu compromisso com a verdade histórica e a preservação da memória africana. Na última edição da revista, foi destacado um acontecimento significativo durante a cerimónia de inauguração da Praça de Libertação da SADC em Harare, capital do Zimbabué. O Presidente Emmerson Mnangagwa fez um apelo comovente aos países africanos para que se comprometam totalmente a documentar e preservar a história do continente.
No seu discurso apaixonado, o Presidente Mnangagwa sublinhou a importância crítica de manter com precisão a narrativa histórica de África, para evitar as distorções e manipulações que foram frequentemente perpetradas pelos antigos colonizadores. Enfatizou o papel vital que o Zimbabué desempenha no investimento de recursos na institucionalização das perspectivas africanas sobre a descolonização, um passo essencial para garantir a transmissão fiel do património histórico do continente.
O emblemático projecto do Museu da Libertação Africana, actualmente em construção em Harare, no impressionante local da Cidade da Libertação, encarna perfeitamente este desejo de salvaguardar a memória colectiva das lutas de libertação do continente. Este museu, verdadeiro símbolo das lutas heróicas do povo africano contra o colonialismo, está destinado a tornar-se um local de encontro e aprendizagem para as gerações presentes e futuras.
Além do museu, a Cidade da Libertação irá também albergar um hotel de cinco estrelas, um parque de vida selvagem, uma vila patrimonial e vários monumentos nacionais, criando um conjunto único dedicado à preservação e celebração da história africana. Através de várias exposições, o Museu da Libertação Africana irá destacar as lutas e vitórias do povo africano, ao mesmo tempo que presta homenagem aos países estrangeiros que apoiaram a luta anticolonial.
Neste momento de questionamento das narrativas históricas, o Presidente Mnangagwa destaca a importância de transmitir uma história autêntica e equilibrada, alertando contra tentativas de manipulação e falsificação. O Museu da Libertação Africana encarna assim uma promessa de verdade e justiça, ao oferecer um espaço privilegiado para revisitar o passado do continente africano e fortalecer a sua identidade colectiva.
Em conclusão, a visão do presidente do Zimbabué e a realização do Museu da Libertação Africana em Harare demonstram o profundo compromisso com a preservação da história africana e a promoção da memória colectiva. Este ambicioso projecto representa um passo importante no sentido do reconhecimento e valorização do património cultural e histórico de África, abrindo caminho para uma compreensão mais justa e inclusiva do nosso passado comum.