Localizada na província de Ituri, a crise humanitária continua a agravar-se, afectando milhares de pessoas deslocadas que lutam para receber assistência alimentar há mais de um ano. Esta situação dramática tem consequências devastadoras, com o aumento dos casos de morte e desnutrição, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com deficiência. Os testemunhos dos responsáveis pelos vários locais de deslocados sublinham a urgência da situação e a necessidade de intervenção imediata.
A escala desta crise humanitária é impressionante, com quase 1,3 milhões de pessoas deslocadas espalhadas por mais de 60 locais, incluindo seis em redor da cidade de Bunia. O local de Kigonze, por exemplo, não recebe assistência alimentar desde Abril de 2023, deixando os seus 14 mil habitantes numa situação crítica. O peso da fome é sentido de forma pungente, com oito mortes por mês devido à fome e à falta de medicamentos. Além das perdas humanas, foram registrados mais de 250 casos de desnutrição, testemunhando o sofrimento inimaginável que ali reina.
Os pedidos de ajuda dos responsáveis por estes locais são um grito de angústia face à urgência da situação. Enfatizam que a paz é a chave para acabar com esta crise humanitária sem precedentes. Sem paz, os deslocados permanecem vulneráveis, expostos à fome, às doenças e à violência. A estabilização da situação nas suas aldeias de origem é essencial para garantir um regresso sustentável e seguro à existência normal.
Locais como Mongwalu, onde foram notificadas mais de 22 mortes em poucos meses, ilustram a gravidade da situação. Apesar dos esforços dos intervenientes humanitários e das autoridades locais, o acesso às populações mais vulneráveis continua difícil devido aos obstáculos de segurança impostos pelos grupos armados que controlam determinadas áreas.
Perante esta crise humanitária que piora a cada dia, é imperativo agir rapidamente para salvar vidas e aliviar o sofrimento dos deslocados. A comunidade internacional, em colaboração com as autoridades locais e as organizações humanitárias, deve redobrar os seus esforços para prestar assistência vital às populações em perigo. É tempo de agirmos em conjunto para pôr fim a esta tragédia e oferecer aos deslocados a esperança de um futuro melhor, baseado na paz, na segurança e na dignidade humana.