O poder da escrita e da criatividade: uma retrospectiva da Feira do Livro Cristão em Kinshasa

Kinshasa, a vibrante capital da República Democrática do Congo, foi recentemente palco de um grande evento literário: a Feira do Livro Cristão, que atraiu muitos entusiastas da leitura e da escrita. Este evento, organizado pelas edições “Likabo”, suscitou trocas ricas e inspiradoras em torno do tema central: “Do pensar à escrita”.

No centro desta feira, Ghislain Biabantatou, reconhecido autor e orador durante as mesas redondas, partilhou a sua visão do ato de escrever. Segundo ele, escrever é muito mais que uma simples transcrição de pensamentos, é um ato espiritual que exige uma conexão profunda com a própria essência. Ele sublinha a importância da criatividade, herdada do próprio Criador, e insiste que cada ideia, se vier de Deus, deve ser discernida e transformada num projeto concreto.

Durante esta feira, outro destaque foi a apresentação do “Dicionário Lexical da História da República Democrática do Congo”, uma obra ambiciosa que pretende agitar a memória colectiva do país e incentivar o patriotismo. Resultado de mais de 22 anos de pesquisa, este trabalho exaustivo oferece um mergulho profundo nos acontecimentos e comportamentos que marcaram a história congolesa.

Além disso, o treinador de redação, Eugene Kandolo, compartilhou suas valiosas dicas sobre como publicar e escrever um livro de sucesso. Ele enfatiza a importância de conhecer seu público-alvo, estruturar seu conteúdo de forma eficaz e escolher um ângulo de ataque relevante para atingir os leitores.

Paralelamente, o cantor e escritor Lord Lombo sublinhou a importância da música como vector de transmissão de ideias. Para ela, cada música é fruto de uma semente divina e cabe ao artista desenvolvê-la inspirando-se na realidade da sociedade.

Concluindo, a Feira do Livro Cristão de Kinshasa foi um verdadeiro caldeirão de ideias e criatividade, oferecendo aos participantes a oportunidade de refletir sobre o poder da escrita e da transmissão de conhecimento. Este evento destacou a importância da escrita como ato espiritual e como meio de construção de uma memória coletiva forte e comprometida.

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