Fatshimetria
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O mundo do cinema francês está de luto pela morte de uma lenda da sétima arte: Alain Delon. O ator, muitas vezes adorado ou criticado, deixa uma rica filmografia, repleta de obras-primas que marcaram a história do cinema. Sua carreira, que começou quase por acaso, teve altos e baixos, mas sempre chamou a atenção do público e da crítica.
Nascido em 8 de novembro de 1935, Alain Delon não veio do círculo íntimo. Sua juventude tumultuada, marcada por momentos de peregrinação e rebelião, contrasta com a imagem suave das estrelas de Hollywood. O seu compromisso com o exército levou-o à Indochina, uma experiência que moldaria o seu carácter e o seu sentido de dever.
É com seu vantajoso físico “com cara de anjo” que Alain Delon conquistou os sets de filmagem. Rapidamente notado por diretores como Yves Allégret e René Clément, consolidou-se como uma figura incontornável do cinema francês. Seu encontro com Romy Schneider impressionou, dando origem a um romance divulgado que alimentou os tablóides.
A virada na carreira de Alain Delon veio com colaborações de prestígio, principalmente com monstros do cinema como Luchino Visconti e Jean Gabin. Filmes como “The Leet” e “Melody in the Basement” levaram o ator ao auge do reconhecimento internacional, com prêmios de prestígio para arrancar.
Sua passagem por Hollywood, embora comercialmente mista, marcou uma virada em sua carreira. De volta à França, Alain Delon voltou ao sucesso, interpretando papéis emblemáticos de gangsters e assassinos de aluguel. A sua colaboração com Jean-Pierre Melville deu origem a personagens de culto como o “Samurai”.
Paralelamente à carreira de ator, Alain Delon envolveu-se na produção cinematográfica, deixando uma marca duradoura no cinema francês. Sua rica e variada filmografia atesta seu talento e versatilidade artística. Apesar das polémicas que marcaram a sua vida privada, Alain Delon será recordado como um monumento do cinema, um ator de carisma cativante que soube marcar a sua época.
A morte de Alain Delon deixa um vazio no panorama cinematográfico francês, mas o seu legado artístico permanecerá imortal. Seus filmes continuarão a fascinar o público e a inspirar as futuras gerações de atores. Alain Delon foi muito mais que um ator, foi uma lenda.