Na província de Tshopo, a situação de segurança continua extremamente preocupante, com sinais alarmantes de violência e conflitos mortais entre diferentes comunidades. Um memorando da Comunidade Lombi destaca actos de extermínio cometidos por uma coligação de grupos armados locais, actuando sob o comando de Shokoro, originário do Kivu do Norte.
Esta coligação opera no território de Bafwasende há três anos, realizando massacres e instalando chefes consuetudinários a seu soldo. Apesar desta grave situação, o executivo provincial e as autoridades militares parecem permanecer inertes e silenciosas, não tomando as medidas necessárias para proteger a população de Tshopo.
O memorando sublinha o risco que esta coligação representa para a província de Tshopo, bem como a alegada cumplicidade de certos soldados locais com grupos armados. A tomada de sectores-chave por estas forças armadas ameaça directamente a estabilidade da região e pode levar a uma escalada do conflito.
Além disso, a comuna de Lubunga, em Kisangani, é também palco de violência, tendo os confrontos entre as comunidades Mbole e Lengola resultado na morte de mais de 30 pessoas desde Abril passado. Mais de 740 pessoas perderam a vida desde o início do conflito em Fevereiro de 2023, deixando muitas famílias deslocadas e em perigo.
Esta crise humanitária exige uma resposta urgente e coordenada, com intervenções humanitárias específicas para satisfazer as necessidades das populações deslocadas. O envolvimento das autoridades locais e das organizações internacionais é crucial para garantir a segurança dos civis e prevenir mais violência.
É, portanto, imperativo que sejam tomadas medidas concretas para pôr fim a estas atrocidades e proteger as populações vulneráveis de Tshopo. A paz e a estabilidade da região dependem da acção rápida e decisiva das autoridades competentes para pôr fim a estes conflitos mortais e garantir a segurança de todos os habitantes da província.