A conferência internacional recentemente organizada pelo Colégio de Estudos Avançados em Estratégia e Defesa (CHESD) em Kinshasa levantou questões cruciais sobre a responsabilidade das multinacionais pela insegurança na África Central. Esta reunião de peritos discutiu os desafios de segurança que dificultam o desenvolvimento da região dos Grandes Lagos e da África Central, destacando a necessidade de encontrar soluções concretas.
O Professor Ludovic Nico Mumbunze, Director de Investigação Estratégica do CHESD, sublinhou que as multinacionais desempenham um papel fundamental na instabilidade da região. As discussões abordaram vários aspectos como a reforma da justiça, a obrigação de reparações às vítimas, a cooperação internacional, a luta contra o crime internacional e a promoção do desenvolvimento sustentável.
Entre as áreas prioritárias identificadas durante a conferência, foi destacada a necessidade de implementar sistemas coercivos para combater o crime e garantir o acesso aos serviços sociais básicos. Além disso, foi explorado o tema da resiliência criminal e da subsidiariedade estratégica, destacando a importância das relações internacionais na resolução de conflitos regionais.
O Vice-Ministro Samy Adubango Ahoto, em nome do Vice-Primeiro Ministro da Defesa Nacional, elogiou o intelectualismo dos especialistas que participaram nestes intercâmbios. Sublinhou a importância da investigação realizada para encontrar soluções eficazes para a persistente insegurança na região dos Grandes Lagos, particularmente no leste da RDC.
Em conclusão, esta conferência internacional permitiu avançar na reflexão sobre as questões de segurança na África Central e na região dos Grandes Lagos. As recomendações feitas durante estes três dias de debates serão valiosas para os decisores políticos e as partes interessadas envolvidas na promoção da paz e da estabilidade nesta complexa área geográfica.
Esta reunião demonstrou a necessidade de uma abordagem abrangente e coordenada para enfrentar os desafios de segurança que persistem na África Central, destacando o papel crucial das multinacionais na construção de um ambiente pacífico conducente ao desenvolvimento sustentável na região.