Quando falamos dos acontecimentos actuais no Sudão, histórias de violência, deslocações massivas de populações e pilhagens por grupos paramilitares fazem, infelizmente, parte da vida quotidiana. Recentemente, surgiram imagens angustiantes e perturbadoras, destacando os intensos combates que assolam uma região central do país.
Os paramilitares, membros das temidas Forças de Apoio Rápido (RSF), lançaram uma ofensiva na província de Sennar, provocando confrontos que forçaram dezenas de milhares de pessoas a fugir das suas casas. Os residentes da cidade de Singa, capital da província localizada a aproximadamente 350 quilómetros a sudeste de Cartum, vivenciaram cenas de terror quando as RSF invadiram a cidade.
Testemunhas relatam que os paramilitares saquearam casas, empresas e até o principal hospital da cidade, forçando os moradores a fugir em massa. Os residentes descreveram cenas de caos e violência, com casas e estabelecimentos comerciais saqueados, bens pessoais roubados e civis visados.
A RSF alegou ter assumido o controlo do quartel-general da 17ª Divisão de Infantaria em Singa, mas as autoridades militares sudanesas contradisseram esta afirmação, afirmando que os combates continuaram para recuperar o controlo das instalações estratégicas na cidade. A situação no terreno permanece incerta, com informações contraditórias e relatos de violência contínua.
Esta escalada de violência no Sudão faz parte de um conflito que já dura mais de um ano, deixando milhares de mortos e feridos e forçando milhões de pessoas a abandonar as suas casas. Os combates na província de Sennar correm o risco de ter consequências humanitárias desastrosas, colocando em risco os meios de subsistência e a segurança alimentar de milhares de pessoas.
A comunidade internacional deve redobrar os seus esforços para acabar com esta espiral de violência e instabilidade no Sudão. São necessárias medidas urgentes para proteger os civis, facilitar o acesso à ajuda humanitária e trabalhar para uma paz duradoura nesta região devastada.
Neste momento de crise e incerteza, é essencial apoiar os esforços para acabar com esta violência e estabelecer um diálogo inclusivo para alcançar a resolução pacífica dos conflitos. O futuro do Sudão e do seu povo depende da vontade e do compromisso de todas as partes interessadas envolvidas em trabalhar em conjunto para preservar a paz e a estabilidade no país.