Neste dia 30 de junho de 2024, o cenário político francês e internacional sofre uma grande viragem com os resultados da primeira volta das eleições legislativas. Estão a surgir ondas contrastantes, especialmente em África, onde os franceses no estrangeiro expressaram a sua escolha de forma diversificada nos 9.º e 10.º círculos eleitorais.
Com efeito, no 9º círculo eleitoral, que abrange um vasto território desde a Líbia até ao Gabão, o deputado cessante Karim Ben Cheikh parece marcar a sua posição na liderança com 51,57% dos votos expressos. No entanto, apesar deste apoio maioritário, a actual situação política exige um quórum de eleitores recenseados que ainda não foi alcançado, razão pela qual se espera uma segunda volta entre os candidatos maioritários.
Quanto ao 10º círculo eleitoral, que reúne uma série de países, da África do Sul ao Djibuti, os resultados são igualmente ricos em reviravoltas. Elsa Di Méo da Nova Frente Popular (NFP) obteve uma ligeira vantagem com 32,52% dos votos, seguida de perto por Amélia Lakrafi que obteve 31,82%. Também estamos testemunhando o progresso do candidato de extrema direita Jean De Veron do Rally Nacional (RN) com 17,16% dos votos, uma dinâmica que promete um segundo turno altamente disputado em 7 de julho.
Estes resultados claros marcam a evolução política tanto em França como na sua relação com as comunidades francesas no estrangeiro em África. O panorama político-eleitoral ganha contornos variados, realçando a diversidade de escolhas e preocupações dos eleitores.
Ao mesmo tempo, a tendência geral das eleições legislativas em França revela um avanço significativo do Comício Nacional e dos seus aliados, que estão à frente com 33,14% dos votos, seguido pela Nova Frente Popular com 27,99%, relegando o campo dos Emmanuel Macron na terceira posição com 20,04% dos votos.
Estes resultados contrastantes sublinham a importância da diversidade de opiniões políticas e de questões locais e globais no cenário eleitoral francês. A eleição de 30 de Junho de 2024 continuará, sem dúvida, a ser uma data chave na história política da Quinta República, e as suas repercussões serão sentidas muito além das fronteiras nacionais.