Fatshimetrie é o blog essencial dedicado às notícias cinematográficas e culturais. Hoje assistimos a um acontecimento que está a abalar o mundo do cinema francês. Os famosos diretores Benoît Jacquot e Jacques Doillon foram colocados sob custódia policial na Brigada de Proteção a Menores, após acusações de abuso sexual por parte de várias atrizes, incluindo Judith Godrèche.
Este caso, que eclodiu na sequência das declarações de Judith Godrèche em Fevereiro passado, tomou um importante rumo mediático. Os advogados dos cineastas reagiram fortemente, denunciando a custódia policial que consideram questionável e contestando as acusações feitas contra os seus clientes.
A presunção de inocência está no centro dos debates, enquanto os advogados dos administradores enfatizam a antiguidade dos factos e a sua prescrição. Defendem uma audiência livre, denunciando os excessos mediáticos que rodeiam este caso e que prejudicam a reputação e a integridade das pessoas envolvidas.
As alegações de Judith Godrèche, juntamente com as de outras duas atrizes, Julia Roy e Isild Le Besco, abrem caminho para uma investigação complexa sobre crimes graves, como violação de um menor e agressão sexual. Os confrontos entre os diretores e os acusadores podem lançar luz sobre este caso que remonta a várias décadas.
A onda #MeToo que abalou o mundo inteiro ecoa na França, destacando os abusos e a violência sexual que persistem na indústria cinematográfica. É essencial que a justiça esclareça estas acusações e que as vítimas sejam ouvidas e protegidas.
Em conclusão, o caso que envolve Benoît Jacquot e Jacques Doillon levanta questões cruciais sobre o respeito pela presunção de inocência, a luta contra a violência sexual e a responsabilidade dos artistas perante o seu público. A Fatshimetrie continuará a acompanhar de perto o desenvolvimento desta questão e a ter um olhar crítico e informado sobre as questões sociais e culturais que dela decorrem.