**Trágico naufrágio no rio Kwa: uma noite de pesadelo para os passageiros**
A noite de segunda para terça-feira, 11 de junho de 2024, ficará marcada na memória dos habitantes da região de Mushi (Maï-Ndombe), após um dramático naufrágio no rio Kwa. A baleeira La Sainteté, que operava entre Mushie e Kinshasa, afundou, deixando para trás um pesado número de mortos de mais de oitenta pessoas desaparecidas e cerca de uma centena de sobreviventes.
Segundo informações iniciais recolhidas pelas autoridades locais, o barco transportava naquela noite mais de 270 passageiros, além de diversas mercadorias. Entre os passageiros estavam moradores da cidade de Bandundu, da cidade de Mushi e de outras localidades da região.
A tragédia ocorreu por volta das 23 horas, perto da aldeia de Lediba, localizada a cerca de 70 quilómetros de Mushie. O comissário fluvial da região, Ren Maker, correu rapidamente para o local para coordenar as operações de resgate e recolher testemunhos dos sobreviventes.
Segundo o Comissário Maker, 185 passageiros foram resgatados, mas infelizmente 86 pessoas continuam desaparecidas. A principal causa deste trágico acidente parece estar ligada à navegação noturna da baleeira. Com efeito, ao aproximar-se de Lediba, um problema no motor provocou uma colisão com a margem, provocando a quebra do barco.
Hoje, os destroços encontram-se no fundo do rio Kwa, testemunhando a violência do acidente e a tragédia que se desenrolou naquela noite. As operações de busca e salvamento continuam, enquanto as famílias dos desaparecidos aguardam desesperadamente por notícias dos seus entes queridos.
Este naufrágio é um lembrete comovente dos perigos enfrentados pelos viajantes que utilizam as vias navegáveis na RDC. Um apelo à prudência e à regulamentação da navegação nocturna parece mais necessário do que nunca para evitar novas tragédias deste tipo.
Nestes tempos sombrios, os nossos pensamentos estão com as vítimas, as suas famílias e todos aqueles que foram devastados por esta tragédia. Que esta tragédia sirva de catalisador para reforçar a segurança do transporte fluvial na República Democrática do Congo e evitar que tais perdas humanas voltem a acontecer no futuro.