O governo de Judith Suminwa foi oficialmente inaugurado durante uma maratona de sessões no Palais du Peuple, marcando o início de uma nova era política na República do Congo. A Primeira-Ministra apresentou a sua equipa e as grandes linhas do seu programa de acção, destacando dois pilares fundamentais: emprego e segurança.
O emprego foi colocado no centro das prioridades deste governo, com a ambição declarada de criar 6,4 milhões de empregos até 2028. Esta visão ousada visa resolver o problema crucial do desemprego que afecta muitos congoleses e estimular o crescimento económico do país. Ao enfatizar a criação de emprego, Judith Suminwa mostra a sua determinação em enfrentar os desafios socioeconómicos que o país enfrenta.
O segundo pilar da acção governamental é a segurança, uma questão importante num contexto em que o país enfrenta desafios de segurança significativos. Ao reforçar as capacidades da polícia e investir na formação dos responsáveis pela aplicação da lei, o governo pretende garantir a segurança dos cidadãos e combater eficazmente o crime. A construção de uma academia policial de alto nível e a distribuição equilibrada de pessoal por todo o território nacional ilustram o desejo do governo de fortalecer o aparato de segurança do país.
Na área da justiça, o governo está empenhado em melhorar a acessibilidade dos serviços jurídicos, garantindo uma melhor cobertura dos tribunais e tribunais em todo o território. Além disso, a reabilitação e manutenção de milhares de quilómetros de estradas agrícolas secundárias todos os anos apoiará o desenvolvimento rural e fortalecerá o comércio no país.
Apesar destes anúncios ambiciosos, levantaram-se vozes discordantes por parte da oposição. Christian Mwando, representante do partido do opositor Moïse Katumbi, criticou a dimensão excessiva do governo e questionou a capacidade do governo de implementar as suas promessas. Destacou também a importância da situação de segurança no país e manifestou reservas quanto à prioridade dada à criação de emprego.
Em suma, a tomada de posse do governo de Judith Suminwa marca o início de uma nova era política na República do Congo, com desafios e ambições que correspondem aos desafios que o país enfrenta. O caminho para o progresso e a estabilidade promete estar repleto de armadilhas, mas a determinação e a visão do Primeiro-Ministro oferecem um vislumbre de perspectivas futuras promissoras para a nação congolesa.