No início de 2024, um novo problema financeiro abala a cidade de Kinshasa, na República Democrática do Congo. O antigo governador cessante, Gentiny Ngobila Mbaka, encontra-se numa situação delicada depois de lhe ter sido recusado um empréstimo pelo Banco Central do Congo. Na verdade, Kabedi Malangu, o governador do BCC, tomou a decisão de proibir qualquer forma de empréstimo a Ngobila, colocando-o assim numa posição financeira difícil.
Para ultrapassar os seus problemas de tesouraria, Ngobila teve então a ideia de recorrer à Corporação Financeira e de Desenvolvimento (Sofide) para solicitar um empréstimo de cerca de 19 mil milhões de francos congoleses, ou quase 7 milhões de dólares americanos. Este montante deverá ser utilizado para cobrir compensações de saída e salários em atraso do seu gabinete, bem como do executivo provincial de Kinshasa, nos meses de Fevereiro, Março e Abril.
No entanto, este pedido de empréstimo levantou questões e críticas. Por um lado, sublinha-se que este empréstimo seria reembolsado pelo sucessor de Ngobila, Daniel Bumba, que não foi consultado nem informado desta decisão. Por outro lado, o facto de Ngobila ter escolhido a Sofide, pensando em contornar a proibição da BCC, levanta questões sobre a transparência e legalidade desta abordagem.
Ao mesmo tempo, soubemos que a situação financeira da cidade de Kinshasa é alarmante, com dívidas que ascendem a dezenas de milhões de dólares. Ngobila encontra-se assim num impasse, já não podendo obter empréstimos dos bancos comerciais, porque estes últimos receberam recomendações do BCC para não lhe conceder crédito.
A Governadora Kabedi Malangu indicou claramente a sua oposição a qualquer forma de financiamento ao antigo governador e à cidade de Kinshasa, destacando assim os problemas de gestão e transparência dentro da administração.
Em conclusão, este caso destaca os desafios financeiros que a cidade de Kinshasa enfrenta e sublinha a importância da transparência e da boa governação na gestão das finanças públicas. É essencial que as autoridades em vigor atuem de forma responsável e de acordo com as leis e regulamentos em vigor para garantir o desenvolvimento sustentável e equitativo da cidade e dos seus habitantes.