O recente retrato do governo da Primeira-Ministra Judith Suminwa na República Democrática do Congo levanta questões e críticas sobre a sua composição. Christian Moleka, renomado analista político e presidente da Dinâmica dos Cientistas Políticos da RDC, oferece uma visão perspicaz ao caracterizar esta equipe governamental como sendo baseada em compromissos e lutas pelo poder. A análise aprofundada de Moleka evidencia um certo desequilíbrio nesta equipa de 54 membros, destacando em particular a ausência de representantes da província de Maniema.
De acordo com Moleka, o actual governo parece ser o resultado de negociações políticas complexas, passando de um número menor de membros para uma equipa alargada para incluir vários líderes partidários. Este compromisso político resulta numa equipa inchada de 54 membros, levantando questões sobre a sua eficácia e representatividade. A observação da falta de representação de Maniema dentro do governo destaca um desequilíbrio regional preocupante, enquanto outras províncias, como a região oriental e o Kivu do Norte, parecem mais bem representadas.
As reacções dos eleitos de Maniema não tardaram a chegar, manifestando a sua insatisfação com a ausência de um ministro da sua província nesta equipa governamental. Esta falta de representação levanta preocupações sobre a justiça e o equilíbrio interprovincial dentro do governo. Christian Moleka sublinha ainda a importância do peso político e geopolítico na composição deste governo, sublinhando que o centro do poder continua fortemente ancorado no Centro-Sul e Leste da RDC.
Em suma, a análise crítica da actual composição governamental revela questões complexas ligadas a compromissos políticos, à representatividade regional e ao equilíbrio de forças dentro do governo. Esta situação realça a importância de garantir uma representação equitativa de todas as províncias nos órgãos governamentais do país, garantindo ao mesmo tempo que o governo possa funcionar de forma eficiente e justa para melhor servir o interesse geral da população congolesa.