O fim do visto nos tribunais: um grande passo em frente contra a corrupção na RDC.

Fatshimetrie: O fim das práticas de vistos nos Tribunais e Tribunais para combater a corrupção

O sistema judicial da República Democrática do Congo enfrenta muitos desafios, incluindo a corrupção que prejudica o seu funcionamento. Uma prática insidiosa, a do visto, foi identificada como contribuindo para este problema ao promover comportamentos ilegais e desviantes nos Tribunais e Tribunais do país. Maître Carlos Ngwapitshi, durante um debate em conferência na Universidade de Kinshasa (UNIKIN), sublinhou a necessidade de proibir estas práticas de vistos para garantir a independência dos juízes e a legalidade das decisões proferidas.

O visto, que deveria ser um simples ato de validação ou controle, tornou-se um instrumento de pressão e corrupção entre chefes de jurisdição e magistrados. Esta prática, ilegal ao abrigo da Constituição congolesa e das leis orgânicas que regem o sistema judicial, compromete a integridade da justiça e põe em perigo o Estado de direito. Na verdade, ao exigir que os juízes submetam as suas decisões aos chefes dos tribunais para aprovação, o visto viola a independência judicial e favorece decisões injustas ditadas por outros interesses que não o respeito pela lei.

A intervenção de Maître Ngwapitshi evidencia os abusos causados ​​pela prática de vistos, nomeadamente a violação do sigilo das deliberações e o questionamento de decisões judiciais. Na verdade, alguns chefes de tribunal não hesitam em modificar as decisões sem consultar os juízes que participaram no caso, comprometendo assim a credibilidade do sistema judicial. Além disso, a exigência de pagar quantias em dinheiro para obter o visto cria um clima propício à corrupção e à injustiça nos tribunais.

Para restaurar a confiança no sistema judicial congolês, é imperativo abolir as práticas de vistos e garantir a independência dos juízes. Os magistrados devem ser capazes de tomar as suas decisões de forma imparcial, sem estarem sujeitos a pressões externas. O Conselho Superior da Magistratura Judicial deve rever a sua circular que estabelece a prática dos vistos e trabalhar em prol de uma justiça justa e transparente.

Em conclusão, a luta contra a corrupção no sistema judicial da RDC exige a eliminação de práticas ilegais, como os vistos. É tempo de pôr fim a estas práticas desviantes que mancham a imagem da justiça e dificultam a construção de um Estado de direito sólido e respeitador dos princípios democráticos e jurídicos fundamentais.

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