Manifestação de Mulheres pela Paz em Kisangani: Um apelo comovente à solidariedade

**Manifestação de mulheres pela paz em Kisangani: Um grito de desespero diante da violência intercomunitária**

A marcha pacífica de mulheres do coletivo “Amani Ku Tshopo” em Kisangani neste sábado, 25 de maio de 2024, foi muito mais do que uma simples manifestação. Foi um grito comovente pelo regresso da paz na cidade de Kisangani, particularmente em Lubunga, um banco que tem sido palco de cruel violência intercomunitária, tendo já causado a perda de mais de 500 vidas inocentes.

Esta marcha, acompanhada por homens e religiosos comprometidos com a causa das mulheres, representou uma tentativa de lembrar a todos que a paz é um bem precioso, uma necessidade vital para uma comunidade próspera e harmoniosa. Os manifestantes, com apitos na boca, simbolizando um apelo ao alerta, submeteram um comovente memorando à Assembleia Provincial de Tshopo, sublinhando a urgência de acção face à crescente insegurança que ameaça a região.

A declaração do colectivo “Amani Ku Tshopo” destacou a triste realidade da situação em Kisangani, sublinhando que a insegurança e a violência assolam agora todos os bairros da cidade. Outrora conhecida pela sua hospitalidade e tranquilidade, Tshopo é hoje palco de violência e banditismo armado que atingem proporções alarmantes, pondo em perigo a vida de milhares de residentes e pessoas deslocadas.

Os confrontos mortais entre as comunidades Mbole e Lengola atingiram um nível crítico, gerando um clima de medo e desespero entre a população local. As consequências destes conflitos são desastrosas, afectando todos os aspectos da vida social em Kisangani: desemprego, escassez de alimentos, condições de vida precárias para os deslocados, degradação das infra-estruturas, etc.

Perante esta situação alarmante, o colectivo “Amani Ku Tshopo” formulou recomendações claras e precisas às autoridades responsáveis. Apelaram ao Presidente da República para que conduza uma investigação aprofundada sobre os patrocinadores dos conflitos, para processar os responsáveis ​​e para acelerar o processo de justiça transicional. Instaram também o governo nacional e provincial a tomar medidas urgentes para restaurar a paz e a segurança na região, protegendo as vítimas e punindo os autores destas atrocidades.

Esta marcha das mulheres pela paz em Kisangani é um lembrete comovente de que a paz é uma tarefa quotidiana, uma responsabilidade colectiva que exige o compromisso de todos por um futuro melhor para todos. É tempo de as autoridades responderem a este pedido de ajuda, de tomarem medidas concretas para acabar com a violência e restaurar a paz na região. É hora de ação, solidariedade e compaixão para com aqueles que sofrem, a fim de construirmos juntos um futuro de paz e prosperidade para Kisangani e os seus habitantes.

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