Título: Os desafios da construção ilegal na Nigéria: uma análise dos motivadores e das consequências
Introdução :
Na Nigéria, a construção ilegal é um problema que afecta todas as tribos e tem impacto no ambiente, nos proprietários e na sociedade como um todo. No entanto, é importante sublinhar que as lideranças e os políticos têm um papel importante nesta situação, ao permitirem a construção em terrenos ilegais ou sem aprovação. Neste artigo, exploraremos porque é que certas tribos nigerianas, como os Ndigbo, estão frequentemente envolvidas em construções ilegais e analisaremos as consequências desta prática para os proprietários e para a sociedade.
As razões por trás da construção ilegal:
A primeira razão pela qual algumas tribos nigerianas estão mais envolvidas na construção ilegal é o desejo de desenvolver novos horizontes para as suas actividades comerciais. Os Ndigbo, por exemplo, são conhecidos por serem empreendedores dinâmicos e muitas vezes procuram mudar-se para locais remotos para estabelecer novos negócios. Isso os leva a adquirir terrenos, mesmo que estejam localizados em áreas não homologadas ou em terrenos úmidos. O exemplo do eixo Amuwo e das zonas Iba/Ikotun de Lagos, que se desenvolveram graças ao comércio de Alaba e Aspamda, é um exemplo perfeito.
A segunda razão está ligada à economia e ao poder de compra. A população de Ndigbo tem frequentemente maior poder de compra e, portanto, está mais inclinada a adquirir propriedades em áreas próximas dos seus locais de trabalho e residência. Porém, é importante ressaltar que todas as tribos nigerianas adquirem terras, ilegais ou não. O que difere é a quantidade de pessoas que têm poder aquisitivo para adquirir imóveis. As populações não indígenas e aquelas sem acesso a terras facilitadas pelo governo têm maior probabilidade de se envolverem em compras ilegais de terras.
O papel dos políticos e das autoridades:
É também essencial destacar o papel dos políticos e das autoridades na construção ilegal. Funcionários corruptos muitas vezes aceitam subornos para permitir construções em terrenos não autorizados. As somas de dinheiro arrecadadas são então compartilhadas entre as diferentes partes envolvidas. Os políticos e os líderes não podem, portanto, afirmar que desconhecem estas práticas ilegais.
As consequências da construção ilegal:
As consequências da construção ilegal são inúmeras. Em primeiro lugar, os compradores são os primeiros a sofrer. Quando os edifícios são demolidos por razões de utilidade pública, políticas ou outras razões menos nobres, os proprietários perdem o seu investimento. É, portanto, essencial que os compradores resistam à tentação de comprar terrenos ilegais, na crença de que poderão contornar o sistema.
Além disso, a construção ilegal também tem consequências para o meio ambiente. Construir em terrenos não autorizados pode obstruir os sistemas de drenagem e esgoto, causando problemas de drenagem e inundações. Muitos locais em Lagos e Port Harcourt que foram depositados em aterros e vendidos pelo governo causam mais problemas ambientais do que aqueles que foram depositados ilegalmente em aterros por particulares.
Conclusão:
A construção ilegal na Nigéria é um problema complexo que requer uma análise cuidadosa das suas causas e consequências. É injusto acusar uma única tribo, como os Ndigbo, de ser a principal culpada ou vítima desta prática. A construção ilegal é um problema que preocupa todas as tribos nigerianas e deve ser abordado pela liderança e pelas autoridades relevantes. Implementar leis rigorosas e aplicá-las é essencial para combater a construção ilegal e proteger o ambiente e os interesses dos proprietários.