Fatshimetrie: a controvérsia sobre as tarifas de táxi em Kinshasa

**Fatshimetrie: A controvérsia sobre as tarifas de táxi em Kinshasa**

Há várias semanas que cresce uma polémica nas ruas de Kinshasa, relativamente aos preços dos táxis e dos táxis-autocarros. Os condutores destes veículos de transporte público decidiram duplicar unilateralmente o custo das tarifas, despertando assim a indignação dos habitantes da capital congolesa.

Os testemunhos recolhidos revelam que alguns motoristas exigem agora até 2.000 francos congoleses, ou até mais, para viagens que anteriormente custavam 1.000 francos congoleses. Este aumento repentino levou a um verdadeiro aumento dos preços, criando uma tensão palpável entre motoristas e utilizadores dos transportes públicos.

A prática do “meio tribunal” também é denunciada por muitos residentes de Kinshasa. Este método consiste em dividir uma viagem em duas ou três partes, para obrigar os passageiros a pagar mais por uma viagem que deveria ser simples. Os clientes sentem-se injustiçados e denunciam preços anárquicos, aos quais as autoridades locais parecem não reagir.

É importante sublinhar que o preço do transporte público em Kinshasa é regulado por um decreto tarifário estabelecido pela cidade-província. Os motoristas não têm o direito de definir arbitrariamente o preço das viagens, sendo obrigados a respeitar as regras estabelecidas. Jean Mutombo, representante da Associação dos Motoristas do Congo (ACCO), lembra que os motoristas devem cumprir estes regulamentos, sob pena de sanções.

Perante esta situação, a Divisão Provincial de Transportes foi contactada. É fundamental que esta entidade tome medidas para desencorajar práticas ilícitas de preços e garantir o cumprimento das regras em vigor. Por seu lado, o ministério provincial dos transportes especifica que qualquer aumento nas tarifas só pode ser justificado se o preço do combustível aumentar mais de 10%.

É imperativo que as autoridades locais tomem medidas firmes para pôr fim a este aumento nos preços dos transportes públicos em Kinshasa. Os moradores da cidade têm direito a serviços de qualidade a preços justos, sendo fundamental que os motoristas respeitem as regras estabelecidas para garantir a convivência pacífica e equitativa no espaço urbano.

Em conclusão, é necessário que sejam tomadas medidas concretas para regular o sector dos transportes públicos em Kinshasa e pôr fim às práticas abusivas por parte dos motoristas. A transparência e o cumprimento das regras são essenciais para garantir um serviço de qualidade à população, sendo dever das autoridades garantir que a situação seja regularizada o mais rapidamente possível.

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